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Geral O que é QAnon, o movimento conspiracionista a favor de Donald Trump que é visto pelo FBI como uma ameaça

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Trump visitou a área afetada. (Foto: Reprodução)

QAnon é um movimento conspiracionista norte-americano de extrema direita que apoia sem restrições o presidente Donald Trump, candidato à reeleição nos Estados Unidos e, segundo eles, herói de uma batalha contra grupos satânicos. O grupo, no entanto, é considerado pelo FBI (a polícia federal dos EUA) como uma ameaça potencial de terrorismo interno.

Neste período de campanha eleitoral para a presidência, encontramos ali os mais fervorosos partidários de Trump. QAnon começou nas redes anônimas da internet mas agora é um ator político que pode ter importância para as eleições de novembro.

“Não sei muito sobre esse movimento, além do fato de que eles me amam”, explicou o presidente dos Estados Unidos em 19 de agosto durante uma entrevista coletiva na Casa Branca, quando foi questionado sobre o Movimento QAnon.

Eles afirmam que você está salvando o mundo de uma rede de pessoas satânicas e pedófilas”, disse um repórter. “Não ouvi isso”, respondeu o presidente dos Estados Unidos, acrescentando: “Mas se posso ajudar a salvar o mundo de alguns problemas, estou disposto a fazê-lo. “

QAnon é antes de mais nada uma teoria da conspiração. Seus seguidores acreditam que uma conspiração satânica e pedófila controla secretamente o governo dos Estados Unidos e mais, controla todo o país. Essa rede maligna seria formada por figuras do Partido Democrata, como Hillary Clinton e Barack Obama, e grandes empresários.

De acordo com os QAnons, Donald Trump estaria há anos travando uma guerra clandestina para libertar os Estados Unidos deste grupo diabólico. Seria mesmo por esse objetivo que ele teria buscado a presidência dos Estados Unidos, em 2016.

Por trás dessa teoria da conspiração, esconde-se um usuário anônimo. Seu pseudônimo é a letra Q, e ele afirma ser um oficial norte-americano. Desde outubro de 2017, Q publica mensagens criptografadas em fóruns anônimos que revelariam informações confidenciais sobre esta guerra secreta liderada por Donald Trump.

Há quase três anos, Q prevê a prisão iminente e simultânea de milhares de integrantes da suposta rede satânica, que seriam transferidos para a base militar norte-americana de Guantánamo, em Cuba, para serem julgados e condenados à morte. Nada disso, claro, aconteceu.

Embora não exista qualquer evidência que permita corroborar as acusações da teoria da conspiração, o movimento tem a cada dia mais seguidores. Muitos pesquisadores vêm estudando há vários meses os motivos que poderiam explicar o que está se tornando um fenômeno político real nos Estados Unidos.

Os especialistas chamam a atenção para a maneira de Q formular suas mensagens. Muitas vezes são perguntas: “Qual político está no noticiário hoje em dia? Por quê? E como ele se relaciona com o político que foi o centro das atenções da mídia na semana passada?”

Essas perguntas vagas levam os apoiadores do QAnon a entrarem em ação eles próprios. Por horas a fio, eles vasculharão a web em busca de pistas que possam responder às perguntas de Q.

Assim, cada membro da própria comunidade QAnon produz todos os tipos de teorias conspiratórias, alimentando uma espécie de grande narrativa coletiva reservada para “insiders”.

Os seguidores do QAnon também acreditam que estão recebendo mensagens codificadas do próprio presidente. Como quando Donald Trump pronunciou o número 17 em um de seus discursos – a letra Q é a 17ª letra do alfabeto.

Aos poucos, todos os tipos de teoria da conspiração que já existiam nos Estados Unidos passaram a ser integrados ao discurso QAnon: dos ataques de 11 de setembro de 2001 ao assassinato do presidente John Fitzgerald Kennedy, à epidemia de Covid-19, ou mais recentemente às manifestações contra a violência policial.

Em um momento em que a desconfiança em relação às classes políticas tradicionais está ganhando terreno, seus apoiadores não estão mais localizados apenas nos Estados Unidos, mas em todo o mundo, incluindo a França. QAnon permite que um número crescente de pessoas sinta que tem uma explicação exclusiva para um mundo que está além de sua compreensão.

Embora a mídia norte-americana publique pesquisas regularmente sobre o QAnon há anos, esse movimento ganha destaque agora porque seus seguidores estão cada vez mais visíveis.

Desde o início da campanha pela reeleição de Donald Trump, conspiracionistas vêm aparecendo nos eventos de apoio ao presidente: a letra Q está por toda parte, impressa em camisetas e bandeiras.

Mas isso não é tudo. De acordo com a ONG Media Matters for America, especializada em verificar informações publicadas pela mídia conservadora norte-americana, mais de 60 candidatos republicanos que concorrerão às eleições legislativas em novembro próximo apoiaram ou propagaram o conteúdo do Qanon. As informações são da RFI.

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