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Colunistas O que o Banco Mundial diz sobre o Brasil

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Joaquim Levy, atual presidente do BNDES. (Foto: Wilson Dias/ABr)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Joaquim Levy, ex-ministro da Fazenda, durante seu mandato encomendou ao Banco Mundial um relatório a respeito dos gastos do governo brasileiro. Os resultados obtidos são, no mínimo, alarmantes. Felizmente, é preferível ter pleno conhecimento da verdade, por mais dura que seja, ao desconhecimento pleno.

O estudo minucioso avalia basicamente três áreas: o orçamento, a eficiência e a justiça social. No caso do orçamento e da eficiência, fica muito claro que o governo, seja ele federal, seja estadual, seja municipal, é deficitário – gasta mais do que arrecada. Não nos esqueçamos de que já pagamos uma das taxas mais altas de impostos do mundo, ademais de receber muito pouco em troca. Tal realidade nos leva a questionar-nos para onde vai todo o dinheiro que nos é expropriado em forma de impostos.

Além da realidade irresponsável dos gastos, a situação só faz piorar. O déficit fiscal chegou a 8% do PIB, enquanto a dívida atingiu 73% neste ano. O crescimento da dívida em apenas cinco anos foi de aproximadamente 50%.

No caso da Previdência, enxerga-se uma situação alarmante. Apenas em subsídios relacionados à Previdência do setor público, alcança-se a incrível marca de 2% do PIB, chegando a aproximadamente 120 milhões de reais, todos os anos. Os servidores públicos federais recebem em torno de 67% a mais que os trabalhadores da iniciativa privada, expondo uma nova realidade. A maior parte dos subsídios é distribuída aos 20% mais ricos. Resta dúvida de que nesses 20% estão englobados os servidores com salários altíssimos?

Temos de ter a capacidade de avaliar que existe uma disparidade muito grande entre setor público e setor privado, seja de remuneração, seja de estabilidade. Infelizmente essa conta é paga pelos mais pobres da nação, segundo interpretação do Banco Mundial. Se não mudarmos rapidamente o rumo da nossa Previdência e da nossa estrutura pública, estaremos fadados ao fracasso no futuro. Não alcançaremos nunca uma situação de estabilidade econômica, obrigando-nos a ter ainda mais expropriação dos nossos recursos para bancar os altos custos daqueles que recebem o alto trato da corte brasileira. Não nos deixemos ser diminuídos enquanto indivíduos e busquemos aplicar o Estado de Direito como de fato deve ser aplicado para que possamos ser livres. Qualquer forma de arbitrariedade que gere preferência a um grupo vai contra o princípio básico de igualdade perante a lei, a única desejável.

Felipe Morandi (Empresário e Associado do IEE)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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https://www.osul.com.br/o-que-o-banco-mundial-diz-sobre-o-brasil/ O que o Banco Mundial diz sobre o Brasil 2017-11-23
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