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Mundo Saiba o que o novo papa já disse sobre permitir mulheres sacerdotes

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Cardeal Robert Prevost foi eleito papa nessa quinta

Foto: Reprodução
Nascido em Chicago, nos Estados Unidos, Prevost tem 69 anos e se tornou o primeiro papa norte-americano da história da Igreja. (Foto: Reprodução)

O papa Leão XIV, eleito pontífice nessa quinta-feira (8), declarou que a ordenação de mulheres ao sacerdócio não resolve, necessariamente, os problemas da Igreja Católica. Pelo contrário: “Pode criar um novo”, afirmou, durante o Sínodo da Sinodalidade, em outubro de 2023.

“Algo que também precisa ser dito é que ordenar mulheres – e algumas mulheres disseram isto de forma bastante interessante – ‘clericalizar mulheres’ não resolve necessariamente um problema, pode criar um novo problema”, disse o cardeal que, na época, era também o prefeito do Dicastério para Bispos.

A fala foi dada em entrevista aos jornalistas. Prevost foi questionado sobre como acolher e colocar em prática os apelos feitos por mais mulheres em setores de governança na igreja.

O então cardeal respondeu que não é simples mudar uma instituição de 2 mil anos, e que as conquistas de mulheres em outros setores não implica em mudanças dentro do espaço canônico.

“Não é tão simples como dizer: ‘Sabe, nesta fase vamos mudar a tradição da Igreja depois de 2 mil anos em qualquer um desses pontos’”, disse. “Uma mulher pode ser presidente ou ter muitos tipos diferentes de papéis de liderança no mundo, mas não existe um paralelo imediato para dizer: ‘Na Igreja, portanto…’”, acrescentou.

Ele ressaltou, no entanto, que a Igreja Católica está realizando estudos sobre o assunto e que as mulheres estão assumindo papeis de liderança na Santa Sé e em outros setores da Igreja. Como exemplo, citou a freira Simona Brambilla, nomeada por Papa Francisco como secretária do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica.

“Penso que haverá reconhecimento contínuo do fato de que as mulheres podem acrescentar muito à vida da Igreja em muitos níveis diferentes”, disse aos jornalistas.

Em 2023, o então cardeal Robert Prevost afirmou que sua vocação é ser missionário: “A minha vocação é anunciar o Evangelho onde se está”. A frase pode ser interpretada como uma possível indicação de caminho para seu papado. Prevost nasceu nos Estados Unidos, mas atuou na Igreja Católica do Peru por mais de duas décadas e, inclusive, tem cidadania do país andino.

Quando afirmou que sua vocação era ser missionário, em 2023, Prevost havia acabado de ser nomeado prefeito do Dicastério dos Bispos, no Vaticano, e concedeu entrevista ao site Vatican News. Ele discorreu sobre vários desafios da Igreja Católica, como as denúncias de abusos sexuais, maior participação das mulheres e a consulta aos fiéis para definir o futuro da instituição.

O agora papa Leão XIV afirmou à época que os bispos não devem se sentir superiores. “Não devemos ceder à tentação de viver isolados, separados em um edifício, satisfeitos por um determinado nível social ou por um certo nível dentro da Igreja”, disse. “E não devemos nos esconder atrás de uma ideia de autoridade que hoje não faz sentido. A autoridade que temos é servir, acompanhar os sacerdotes, ser pastores e mestres”, continuou.

“Muitas vezes nos preocupamos em ensinar a doutrina, o modo de viver a nossa fé, mas corremos o risco de esquecer que a nossa primeira tarefa é ensinar o que significa conhecer Jesus Cristo e testemunhar a nossa proximidade ao Senhor”, disse Prevost. “Isto vem primeiro: comunicar a beleza da fé, a beleza e a alegria de conhecer Jesus. Significa que nós mesmos estamos vivendo e compartilhando esta experiência.”

Prevost afirmou que a falta de unidade “é uma ferida que a Igreja vive”: “Jesus rezou por isso na Última Ceia: ‘Que todos sejam um’. Esta é a unidade que desejamos ver na Igreja. Hoje, a sociedade e a cultura nos levam distantes daquela visão de Jesus, e isso causa muitos danos. Esta falta de unidade é uma ferida que a Igreja vive, muito dolorosa. Divisões e polêmicas na Igreja não ajudam em nada”.

O então cardeal defendeu a ampliação da consulta aos fiéis, no processo para designar novos bispos: “É importante que o processo seja um pouco mais aberto à escuta dos diferentes membros da comunidade. É preciso um olhar muito mais amplo, e as nunciaturas apostólicas ajudam muito nisso. Creio que pouco a pouco devemos nos abrir mais, ouvir um pouco mais as religiosas, os leigos e as leigas”. As informações são do jogo O Estado de S. Paulo.

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