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Notícias O que se sabe da operação para prender Roberto Jefferson em que a Polícia Federal foi recebida a tiros e granada

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A prisão do ex-deputado foi pedida pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes. (Fabio Rodrigues Pozzebon/Agência Brasil)

Integrantes da Polícia Federal foram recebidos a tiros de fuzil e granada quando cumpriam a ordem de prisão do ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB) em sua casa no município de Comendador Levy Gasparian (RJ) neste domingo (23). A agente Karina Oliveira e o delegado Marcelo Vilella ficaram feridos por estilhaços.

Após horas de resistência, o ex-parlamentar se entregou à polícia no começo da noite. O presidente Jair Bolsonaro determinou que o ministro da Justiça, Anderson Torres, fosse ao Rio de Janeiro e encerrasse a crise que envolve o aliado político.

Durante o tempo em que resistiu à prisão, o ex-deputado gravou um vídeo sobre a chegada dos policiais a sua casa em que dizia: “não vou me entregar porque acho um absurdo. Chega, me cansei de ser vítima de arbítrio”.

Os estilhaços da granada deixaram os integrantes da PF feridos. A corporação disse que “além da prisão judicial, o investigado também foi preso em flagrante sob a acusação, inicial, de tentativa de homicídio”. Jefferson foi levado à sede da PF no Rio para depois fazer exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal e seguir para a prisão de Bangu 8.

Durante a tarde, apoiadores de Jefferson e Bolsonaro em Comendador Levy Gasparian se reuniram em torno da residência e chegaram a agredir um cinegrafista de uma afiliada da TV Globo na região. Segundo a emissora, Rogério de Paula, de 59 anos, levou um soco, caiu no chão, bateu a cabeça e teria tido um início de convulsão. A câmera que ele usava quebrou. O cinegrafista foi levado para um hospital e estava lúcido e sem sangramento.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, havia ordenado a revogação da prisão domiciliar de Jefferson após ele proferir uma série de ofensas à ministra Carmen Lúcia, do STF. Uma das condições para o benefício da prisão domiciliar era de que Jefferson não fizesse postagens na internet.

Ele gravou no sábado (22) um vídeo chamando a ministra de “Carmen Lúcifer” e afirmava que a magistrada “lembra aquelas prostitutas, aquelas vagabundas arrombadas”.

Em sua decisão, Moraes justificou que “está largamente demonstrada, diante das repetidas violações, a inadequação das medidas cautelares (…) o que indica a necessidade de restabelecimento da prisão”.

O ex-parlamentar é investigado em um inquérito sobre a atuação de uma organização criminosa que tem como objetivo “desestabilizar as instituições republicanas”.

Após Jefferson reagir com violência, o ministro do STF emitiu uma segunda ordem para que “diante de todo exposto, independentemente do horário” se efetuasse a prisão.

E afirmava que “a intervenção de qualquer autoridade em sentido contrário, para retardar ou deixar de praticar, indevidamente o ato, será considerada delito de prevaricação”.

Reações

Candidato à reeleição, Bolsonaro (PL) fez um primeiro comentário sobre o episódio no começo da tarde. “Repudio as falas do Sr. Roberto Jefferson contra a Ministra Carmen Lúcia e sua ação armada contra agentes da PF, bem como a existência de inquéritos sem nenhum respaldo na Constituição e sem a atuação do MP”.

Horas mais tarde, com a prisão de Jefferson, o presidente gravou um vídeo postado nas redes sociais em que mudou o tom e chamou o aliado político de “criminoso” no texto do post.

“Como havia determinado ao ministro da Justiça, Anderson Torres, Roberto Jefferson acaba de ser preso. O tratamento dispensado a quem atira em policial é de bandido. Presto minha solidariedade aos policiais feridos no episódio.”

Horas antes, o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) havia declarado que “não é um comportamento adequado, não é um comportamento normal” a reação de Jefferson.

“Antes de ontem eu estava em Minas Gerais, e Marina [Silva, deputada federal eleita que participou de ato com Lula] estava jantando em um hotel e quando ela levantou, um cidadão, que estava com a sua esposa, levantou e começou a chamar ela de vagabunda. Isso não acontecia na política brasileira nunca. Nós disputamos tantas eleições a gente nunca viu uma aberração dessa, uma ofensa dessa, uma cretinice dessa que esse cidadão, que é o meu adversário, estabeleceu no país.”

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse que “o Brasil assiste estarrecido fatos que, neste domingo, atingiram o pico do absurdo. Não admitiremos retrocessos ou atentados contra nossa democracia”.

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