Mundo O Reino Unido vai multar em até 47 mil reais quem participar de festas durante o período de confinamento
Por Redação O Sul | 22 de janeiro de 2021
Autoridades britânicas anunciaram que os participantes de festas ilegais durante o atual período de confinamento para conter o coronavírus serão multados em até 6.400 libras (quase R$ 50 mil) em caso de reincidência. Formado por Inglaterra, Escócia, Irlanda do Norte e País de Gales, o Reino Unido é a região mais atingida na Europa pela pandemia.
Até esta sexta-feira, eram pelo menos 94.580 mortes confirmadas por Covid (1.290 nas últimas 24 horas), em meio ao terceiro confinamento geral, que inclui o fechamento de escolas.
A ministra do Interior, Priti Patel, denunciou em entrevista coletiva que “uma pequena minoria” ainda se recusa a respeitar as restrições e anunciou um endurecimento das sanções:
“Na próxima semana vamos introduzir uma nova multa de 800 libras (cerca de R$ 5.860) para participantes de festas privadas, que será duplicada para cada reincidência até um máximo de 6.400 libras”.
Essas sanções serão aplicadas aos participantes de reuniões com mais de 15 pessoas em local privado. Segundo a governante, “esse comportamento irresponsável é uma grande ameaça à saúde pública. Não só para os presentes nesses eventos, mas também para nossos formidáveis policiais que intervêm para impedi-los”.
Ela também condenou a desinformação sobre vacinas, “especialmente mensagens dirigidas a pessoas de minorias étnicas”, depois que um estudo mostrou que esses grupos são mais relutantes em se vacinar do que o restante da população.
“Essa vacina é segura para todos, vai proteger você e sua família. É nossa melhor chance de derrotar esse vírus”, ressaltou.
Patrulhamento
Em dois dias, a polícia de Londres (Inglaterra) aplicou mais quase 150 multas, totalizando 39 mil libras (mais de R$ 285 mil), por violações das regras sanitárias. Os incidentes incluem uma festa que contava com a presença de 40 pessoas em uma casa no bairro de Brick Lane.
Quase 5 milhões de pessoas receberam a primeira dose das vacinas desenvolvidas pela AstraZeneca/Oxford e Pfizer/BioNTech e 464.036 já tomaram a segunda, segundo dados oficiais divulgados nesta sexta-feira.
O governo do primeiro-ministro Boris Johnson, amplamente criticado por suas políticas erráticas durante a pandemia, concentra a sua estratégia em uma campanha de vacinação em massa.
Johnson, disse que a nova variante do coronavírus descoberta no país pode matar mais do que as linhagens já conhecidas, de acordo com novas evidências científicas que estão surgindo. Os dados foram coletados e analisados por pesquisadores do NervTag (sigla em inglês para Grupo de Aconselhamento para Ameaças de Vírus Respiratórios Novos e Emergentes), que repassou as informações para o governo.
No entanto, as pesquisas continuam em seu estágio preliminar. Outros estudos já haviam mostrado que essa nova variante pode se espalhar com mais facilidade do que outras versões do vírus.
A nova cepa surgiu em setembro no interior do Reino Unido, foi identificada em dezembro e, desde então, se tornou a principal versão do vírus na Inglaterra e na Irlanda do Norte – e se alastrou para mais de 50 países.
“Além de se espalhar mais rápido, agora parece que há evidências de que a nova variante pode estar associada com uma taxa maior de mortalidade”, frisou o premiê britânico.
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