Quinta-feira, 24 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 14 de junho de 2020
O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, deixará o governo nas próximas semanas, segundo apurou o jornal Estadão. Ele deve cumprir quarentena e ir para a iniciativa privada.
Mansueto já está discutindo com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, um nome para sucedê-lo no cargo, cuja missão é controlar o caixa do governo. Ele estava no posto desde abril de 2018. É a primeira perda importante na equipe de Guedes.
Mansueto já vinha discutindo sua saída do governo com o ministro. A informação de que sua demissão está próxima foi revelada neste domingo pelo colunista Lauro Jardim, de O Globo, e confirmada por um integrante da equipe econômica.
Guedes já havia manifestado o desejo de nomeá-lo diretor-executivo do Conselho Fiscal da República, colegiado a ser criado pela PEC do Pacto Federativo. Mas a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus acabou atrasando a tramitação de propostas estruturais no Congresso Nacional, e essa saída acabou ficando mais distante.
Segundo apurou a reportagem, Mansueto manifestou compreensão em relação à prioridade que será dada às medidas de retomada da economia, colocando a criação do Conselho Fiscal da República em segundo plano no momento. Por isso, demonstrou o desejo de sair no fim do primeiro semestre deste ano para cumprir a quarentena exigida para ocupantes de cargos estratégicos (como é o comando do Tesouro Nacional) até que possa ir para a iniciativa privada.
O atual secretário do Tesouro sempre foi considerado “guardião” dos cofres do governo e fiador do processo de ajuste das contas públicas. Rumores de sua saída sempre geraram preocupação no mercado financeiro sobre a continuidade dessa agenda.
Segundo um integrante da equipe econômica, a saída de Mansueto não deixará o governo como um “time liquidado quando o craque vai sair”. A avaliação dessa fonte é que o próprio secretário do Tesouro não tomaria essa decisão se houvesse a avaliação de que isso provocaria maior turbulência.
A percepção é de que o próprio Mansueto esperou passar o momento mais crítico da crise do novo coronavírus, quando o governo foi pego de surpresa e precisou correr para desenhar políticas emergenciais para conter seu impacto, e decidiu sair quando teve a certeza de que isso não seria tão decisivo em termos negativos para o País.
Auxílio emergencial
Contrariando expectativas, a Caixa ainda não divulgou o calendário de pagamento da 3ª parcela do auxílio emergencial de R$ 600, que deve ser depositada este mês para quem já recebeu as duas primeiras. A exceção são os inscritos no Bolsa Família com direito ao auxílio, que receberão a 3ª parcela entre os dias 17 e 30 de junho, conforme o dígito final do NIS. Quem se inscreveu por meio do aplicativo da Caixa, pelo site ou estava no Cadastro Único precisa aguardar a confirmação da data de depósito da 3ª parcela.
Assim como aconteceu com a 2ª parcela, o pagamento deve ser disponibilizado por mês de nascimento no aplicativo Caixa Tem (Android ou iOS), com limitações. Nos primeiros dias, o app permite apenas pagamento de boletos, compras online ou compras em maquininhas de cartão. Transferências e saques têm sido liberados depois. Segundo a Caixa, o objetivo é evitar aglomerações nas agências bancárias e lotéricas.