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Brasil O Senado negocia um projeto de lei para definir quem vacina primeiro contra o coronavírus

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O projeto que altera a resolução do Congresso deve ser votado nesta segunda-feira. Na foto, o senador Alessandro Vieira. (Foto: Pedro França/Agência Senado)

O Senado negocia a votação de um projeto de lei para estabelecer regras de vacinação contra a covid-19 no Brasil. A proposta chegou a ser pautada em outubro, mas teve a discussão adiada para uma articulação com o governo federal. O texto pode voltar ao plenário na próxima semana.

A intenção é definir grupos prioritários e critérios de distribuição de recursos para Estados e municípios em eventual campanha de imunização. A vacina se tornou o centro de embate político entre o presidente Jair Bolsonaro e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

Na última segunda-feira (9), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu os testes da CoronaVac, desenvolvida pelo Instituto Butantan, de São Paulo, em parceria com o laboratório chinês Sinovac, após a morte de um voluntário dos estudos por suicídio. O órgão federal autorizou a retomada dos ensaios clínicos na quarta-feira (11), depois de receber relatório de um comitê independente de cientistas que mostrou que a morte do participante não teve elo com o imunizante. Bolsonaro também já manifestou resistência em comprar a CoronaVac, mesmo se tiver eficácia científica comprovada, e desautorizou o Ministério da Saúde, que havia fechado um acordo para adquirir 46 milhões de doses.

Conforme o Estadão, o Ministério da Saúde deu aval para a discussão da medida no Legislativo. Senadores querem pautar a medida para votação na próxima semana. A decisão, porém, cabe ao presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que deve realizar uma reunião de líderes partidários no início da semana para decidir a agenda de votações. Se aprovado, o texto ainda dependerá da Câmara e de sanção presidencial.

O projeto, apresentado pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), determina que a vacinação priorize os grupos mais vulneráveis à covid-19, conforme parâmetros científicos, estabelecidos em regulamento, o que coloca idosos, doentes crônicos, profissionais de saúde e outros grupos de risco na frente da fila. Além disso, a proposta estabelece que a distribuição de doses e a transferência de recursos federais para Estados e municípios seja feita de acordo o tamanho da população, o número de infectados, a capacidade da rede de saúde local e o potencial de disseminação da covid-19 na região.

Rateio de verbas

A distribuição dos repasses federais é uma das principais polêmicas na discussão. Em abril, por exemplo, o Senado negociou um projeto com o governo federal para destinar recursos a Estados e municípios no combate à pandemia. Contrariando proposta da Câmara, que beneficiava Estados maiores, o Senado acabou destinando proporcionalmente mais recursos para o Norte, região do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

O dinheiro que o governo federal destinou até o momento para a produção de uma vacina também motivou reação no Congresso. Em agosto, Bolsonaro assinou medida provisória destinando R$ 1,995 bilhão para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que firmou parceria com a farmacêutica AstraZeneca, que produz a vacina da Universidade de Oxford Reino Unido), ainda em testes. A União pagou R$ 1,285 bilhão do recurso até quarta-feira, 11, o equivalente a 64% do total. Deputados de São Paulo se movimentaram para alterar a MP e destinar parte do dinheiro para o Butantã. Com o dinheiro executado, porém, a chance de a transferência ocorrer por meio dessa medida é remota.

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