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Por Redação O Sul | 6 de agosto de 2018
O senador José Serra (PSDB), de 76 anos, foi diagnosticado com câncer de próstata. O tumor está localizado – ou seja, não saiu da glândula. Além disso, é de um tipo pouco agressivo. O câncer foi identificado durante exames de check-up realizados na semana passada.
De acordo com Miguel Srougi, professor titular de urologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e cirurgião do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, em casos desse tipo, por causa da baixa agressividade do tumor, a conduta médica é apenas monitorar o câncer.
É o que na medicina é chamado de vigilância ativa, quando o paciente é submetido a consultas e exames regulares para evitar ou postergar o máximo de tempo possível a cirurgia ou a radioterapia.
Estudos mostram que a vigilância ativa é usada em cerca de 30% dos casos da doença no mundo. A confirmação de que não será preciso tratar o câncer ocorrerá após a análise genética do tumor. A avaliação do material está sendo feita em um centro médico nos Estados Unidos.
Em 2014, Serra havia sido submetido a uma cirurgia na próstata. Ele sofria de hiperplasia prostática benigna, quando há aumento da glândula. No procedimento, foi retirado parte da glândula e não havia tumor.
Alckmin
O PSDB confirmou, em convenção realizada no último sábado (4) em Brasília (DF), a candidatura de Geraldo Alckmin à Presidência da República. A candidata a vice, senadora Ana Amélia (PP-RS), participou do evento. Alckmin diz que acredita na união e não na rota do “radicalismo” e que tem a “vice dos sonhos”.
O senador e ex-ministro José Serra (SP) foi saudado por tucanos ao subir ao palco do auditório, sendo chamado de “eterno presidente”. Apesar do elogio, Serra disputou duas vezes a vaga ao Palácio do Planalto e perdeu as duas eleições.
Em 2002, o tucano concorreu pelo PSDB contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e perdeu para o petista no segundo turno. Foi a primeira vez que Lula foi eleito presidente da República. Oito anos depois, o tucano resolveu disputar novamente a Presidência, desta vez contra Dilma Rousseff, candidata bancada por Lula, e também foi derrotado no segundo turno.
A saudação de “eterno presidente” se estendeu a Fernando Henrique Cardoso, que também foi chamado de “representante da nova democracia”, quando tucanos lembraram, no microfone, que desde a redemocratização, já houve dois presidentes impedidos — Fernando Collor de Mello e Dilma Rousseff — e que um está preso, o ex-presidente Lula.