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Política O Supremo segue ouvindo até 2 de junho testemunhas da ação penal contra o chamado “núcleo crucial” da tentativa de golpe de Estado

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Ex-comandantes das Forças armadas e ex-integrantes de alto escalão do governo Bolsonaro fazem parte da lista.

Foto: Reprodução
Ex-comandantes das Forças armadas e ex-integrantes de alto escalão do governo Bolsonaro fazem parte da lista. (Foto: Reprodução)

O Supremo Tribunal Federal (STF) segue ouvindo até a próxima segunda-feira (2) as testemunhas da ação penal contra o chamado “núcleo crucial” da tentativa de golpe de Estado, composta pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus. Ex-comandantes das Forças armadas, governadores, militares, parlamentares e ex-integrantes de alto escalão do governo Bolsonaro fazem parte da lista.

A última semana, que abriu os dez dias de depoimentos, foi marcada pela confirmação da existência da chamada “minuta do golpe”, pelo ex-comandante do Exército e general da reserva Marco Antônio Freire Gomes.

Em dado momento de sua oitiva, o general foi repreendido pelo ministro Alexandre de Moraes, que conduzia a audiência, por dar versões diferentes, ao STF e à Polícia Federal (PF), sobre a aceitação do ex-comandante da Marinha almirante Almir Garnier Santos em participar do golpe. Já o ex-comandante da Aeronáutica Carlos Baptista Junior confirmou a versão de que o almirante teria colocado suas tropas à disposição de Bolsonaro.

Os depoimentos foram marcados por outros momentos de tensão, como na audiência com o ex-ministro da Defesa Aldo Rebelo, com Moraes ameaçando prender o ex-ministro por desacato, após ele dizer não admitir “censura”. Veja as informações mais importantes prestadas pelas principais testemunhas.

Ex-analista da Coordenação-Geral de Inteligência do Ministério da Justiça, Clebson Ferreira de Paula Vieira afirmou que recebeu encomendas de estudos sobre a distribuição de agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) às vésperas do segundo turno das eleições presidenciais de 2022. Naquele pleito, em que Bolsonaro tentava a reeleição e concorria contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os agentes da corporação fizeram batidas em locais que são redutos eleitorais do petista.

Segundo Vieira, que é testemunha de acusação na ação penal, os pedidos foram para analisar dados de concentração de votos acima de 75%, tanto para Lula quanto para Bolsonaro, e para distribuir para a PRF um painel para possível tomada de decisão.

Ex-comandante do Exército e general da reserva, também testemunha de acusação, Marco Antônio Freire Gomes confirmou em depoimento a existência da chamada “minuta golpista”, apresentada em reunião com o então ministro Defesa Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, os outros dois chefes das Forças Armadas e Bolsonaro.

O militar acrescentou que os “considerandos” eram embasados em aspectos jurídicos e na Constituição, e foram apresentados inicialmente como hipóteses em estudo, que ainda seriam aperfeiçoadas. Ele também disse que avisou Bolsonaro que o Exército não participaria de nenhuma iniciativa que violasse a Constituição.

Freire Gomes também foi repreendido durante a oitiva pelo relator, Moraes, sobre ter dado versões diferentes acerca da concordância do ex-comandante da Marinha almirante Almir Garnier Santos com a trama golpista. Após o general afirmar que “não lembrava” do almirante ter falado à favor do golpe, e que não interpretou a “demonstração de apreço” como nenhum tipo de conluio, Moraes interrompeu o interrogatório para relembrar que a versão dada pelo general à PF foi outra. “O senhor disse na polícia que Garnier se colocou à disposição do presidente. Ou o senhor falseou na polícia ou está falseando aqui”, disse.

 

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