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Brasil O Supremo vai decidir sobre o sigilo da gravação da reunião ministerial citada por Sérgio Moro até o final desta semana

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Celso de Mello é o relator do inquérito que apura se Bolsonaro tentou interferir na PF. (Foto: Carlos Moura/SCO/STF)

O ministro Celso de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), informou nessa segunda-feira (18) que deve decidir sair até o fim desta semana sobre a retirada do sigilo da gravação audiovisual de reunião no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), realizada no dia 22 de abril.

O ministro, que é relator da investigação sobre a suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro na PF (Polícia Federal), recebeu um HD externo da própria PF com as imagens da reunião.

A reunião foi citada pelo ex-ministro da Justiça e da Segurança Pública Sérgio Moro durante depoimento no início do mês. Desde a exoneração de Moro, o presidente nega que tenha pedido para o então ministro interferir em investigações da Polícia Federal.

“Recebi a equipe da Polícia Federal, chefiada pela Dra. Christiane Correa Machado, em meu gabinete, na data de hoje [segunda-feira, 18], que me atualizou sobre o andamento das investigações criminais e entregou-me um pen drive contendo vídeo e áudio da reunião ministerial de 22/4/2020. Após esse encontro, comecei, agora, a assistir ao vídeo, devendo liberar minha decisão até esta próxima 6a. feira, dia 22/05, talvez antes!”, diz nota divulgada pelo gabinete do ministro.

Na semana passada, o procurador-geral da República, Augusto Aras, defendeu no STF a divulgação das falas do presidente Jair Bolsonaro que estiverem relacionadas com a investigação. No parecer, Aras afirma que a divulgação na íntegra da reunião ministerial contraria às regras e os princípios constitucionais de investigação.

A AGU (Advocacia-Geral da União) defendeu a divulgação de todas as falas do presidente, exceto falas de outras autoridades que estavam presentes sobre “nações amigas” e comentários “potencialmente sensíveis” do ministro das Relações Exteriores e da Autoridade Monetária (Banco Central).

A defesa de Moro também enviou sua manifestação e defendeu a divulgação da reunião na íntegra.

A reunião ministerial

A reunião ministerial contou com a participação do presidente Bolsonaro, do vice, Hamilton Mourão, de Moro e outros ministros. Ao todo, teriam participado 25 autoridades.

Conforme diálogos do encontro, transcritos pela AGU, Bolsonaro reclamou da falta de informações da Polícia Federal e afirmou que iria “interferir”.

A defesa de Moro pediu ao STF que divulgue a íntegra do material. Celso de Mello, então, pediu pareceres à AGU e à PGR (Procuradoria-Geral da República).

As respostas foram:

PGR: Defende a divulgação das falas do presidente relativas ao inquérito, isto é, sobre atuação da Polícia Federal, da “segurança”, do Ministério da Justiça, da Agência Brasileira de Inteligência e da alegada falta de informações de inteligência das agências públicas.

AGU: Defende a divulgação das falas de Bolsonaro, mas não das falas dos demais participantes de reunião.

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