Segunda-feira, 05 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 28 de março de 2018
“Pilhado” a ponto de ter perguntado qual era a marcação do árbitro Jonas Eriksson quando ele deu o apito final da vitória do Brasil por 1 a 0 sobre a Alemanha, Tite disse em entrevista coletiva que o resultado serve para resgatar um pouco da autoestima da Seleção, massacrada no 7 a 1 da semifinal da Copa do Mundo de 2014.
“(A vitória) Traz um sentimento de um pouquinho de resgate de autoestima. Tem esse componente sim, do orgulho próprio”, afirmou.
O técnico se disse bastante satisfeito com a pressão de seu setor ofensivo na defesa da Alemanha, quando ela tentava sair com a bola. E comentou que Toni Kroos, craque do time escalado por Joachim Löw e eleito o melhor em campo há quatro anos, foi “tirado” do jogo.
“A agressividade na saída de bola adversária foi impressionante, com os homens de frente, os alas e articuladores. Isso me impressionou. No intervalo, tivemos cuidado para que não se desgastassem. Assim como a tirada (marcação) do Kroos, que é o articulador para a bola chegar à frente”, explicou o técnico da Seleção.
Pela enésima vez, Tite afirmou que ainda tem dúvidas sobre a lista de 23 jogadores da Copa do Mundo. Elogiou Douglas Costa, atacante da Juventus que foi titular diante da Rússia, e única substituição na vitória sobre a Alemanha, mas afirmou que a observação a atletas ainda será intensa nas próximas semanas. A convocação final será anunciada em meados de maio.
“O jogo permite algumas observações. Estabelecemos duas estratégias para o jogo. Em outros jogos a Alemanha teve dois externos vindo para dentro e compondo cinco com os volantes. Hoje [terça-feira] trouxe o Sané mais aberto, com amplitude. E fizemos ajustes importantes para a equipe se moldar. O primeiro tempo foi mais equilibrado, no segundo, até 25 minutos, estivemos muito próximos de fazer o segundo gol”, disse Tite sobre a questão tática.
O técnico também abordou o “fantasma” da última Copa. “O fantasminha era verdade. Eu sentia até alguma inibição em vocês (jornalistas) para falarem do resultado anterior, era constrangedor. Vai ficar marcado, é da vida, e não é porque vencemos hoje que vai deixar de ser falado. Eles tiveram méritos, assim como nós tivemos hoje, embora com outro cunho, num amistoso”, disse.
Sobre o “Não vimos o jogo, é um placar que não é normal no futebol, mas temos que saber o que aconteceu. Essas seleções estão em processos diferentes. Nas minhas viagens de monitoramento eu me encontrei com o treinador da Espanha, ele também conduz uma reconstrução. A Argentina também, o Brasil. Precisamos ver o que aconteceu no jogo, mas é um resultado expressivo”, despistou.
Convocação para a Copa
“Vamos continuar monitorando. É desafiador, todo atleta tem sonho de ser da Seleção e jogar uma Copa do Mundo. Eu não tinha sonho de ser técnico e nem de Seleção, mas cheguei e ser justo com eles me absorve muito. E há critérios de análises de situações específicas.”