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Por Redação O Sul | 30 de outubro de 2020
O Tesouro Nacional avalia o empréstimo de US$ 1 bilhão (ou R$ 5,7 bilhões, na cotação atual) que o Banco Mundial aprovou ontem para ampliar a expansão do programa Bolsa Família, informou o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues.
“Está sendo analisado, não somente com o Bird, mas com outras agências multilaterais. E aqui é uma questão de custo e benefício. Uma fonte de financiamento disponibilizada ao menor custo pode ser utilizada pela União. As agências têm um limite de financiamento para cada país, sem detrimento de também ser provido para estados e municípios”, afirmou.
Antes da pandemia de coronavírus, cerca de 13 milhões de famílias estavam cadastradas no Bolsa Família, segundo o banco. Com a crise sanitária, muitos beneficiários do programa passaram a receber o Auxílio Emegencial, que deve será encerrado em dezembro.
“O projeto financiará a ampliação do programa, e expandirá a proteção para ao menos 1,2 milhão de famílias pobres que continuarão a precisar de apoio após o fim do Auxílio Emergencial”, informou o Banco Mundial em nota.
“As mulheres representam 90% dos beneficiários diretos. Essa ampliação beneficiará pelo menos 3 milhões de pessoas, entre elas 990.000 crianças e jovens e 7.000 indígenas”, disse a instituição.
“Essa ampliação beneficiará pelo menos 3 milhões de pessoas, entre elas 990 mil crianças e jovens e 7 mil indígenas”, informou em nota o Banco Mundial. De acordo com a instituição, antes da pandemia da covid-19, cerca de 13 milhões de famílias estavam cadastradas no Bolsa Família.
O recursos liberados pela instituição integram o Projeto de Apoio à Renda para os Pobres Afetados pela covid-19. No Brasil, mais de 5 milhões de pessoas já foram infectadas pela doença.
O governo Jair Bolsonaro já indicou que pretende substituir o Bolsa Família pelo programa Renda Cidadã, que deverá ser apresentado depois da eleição municipal.
Auxílio emergencial
O secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, reafirmou nesta sexta-feira (30) que “não há nenhuma previsão, no momento, para extensão do auxílio emergencial”.
“Nossa prioridade é manter os gastos contínuos em 2020”, disse Rodrigues. Segundo ele, as previsões de gastos com o benefício seguem R$ 321,8 bilhões, mesmo montante apresentado anteriormente pela pasta.
Conforme as projeções, o auxílio emergencial representa o maior gasto do governo entre as medidas para conter a crise causada pela pandemia do novo coronavírus.
Na sequência, aparece o BEm (Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda), que permitiu a suspensão de contratos de trabalho e redução de jornadas. De acordo com o ministério, a medida custou R$ 51,6 bilhões aos cofres públicos.