Segunda-feira, 20 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 5 de fevereiro de 2021
O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Benjamin Zymler abriu prazo de sete dias para que o Ministério da Saúde informe o planejamento para impedir a disseminação de novas variantes do coronavírus no país.
Zymler pede, entre outros dados, que o ministério apresente eventuais ações para impedir a dispersão da variante identificada na região Norte e, ao mesmo tempo, para conter a entrada de cepas estrangeiras em análise, por exemplo, no Reino Unido e na África do Sul.
O TCU também quer saber se há um plano de contingência para o caso de as vacinas adquiridas pelo governo não serem efetivas contra essas variantes. E, neste caso, se há como garantir a compra de vacinas que ofereçam proteção contra as novas cepas já identificadas.
Uma nova variante do coronavírus, chamada de P.1, foi identificada no começo do ano em Manaus. Além de Manaus, há casos da nova variante confirmados no Pará e em São Paulo.
O pedido de informações foi aprovado pelo ministro na última quarta-feira (3) e divulgado pelo TCU nessa sexta (5). O prazo começa a contar quando o Ministério da Saúde for notificado.
Variantes preocupam
O Ministério da Saúde emitiu na última terça (2) uma nota técnica para os estados e o Distrito Federal sobre a nova variante do SARS-CoV-2 identificada no Brasil.
O documento traz informações sobre as características da nova variante do Amazonas (VOC P.1), orientações e recomendações de medidas que devem ser adotadas e intensificadas pelas secretarias de saúde estaduais, a fim de monitorar e evitar a propagação da nova variante.
Zymler tem relatado, no TCU, processos relacionados às ações do governo no combate à pandemia da covid-19. O ministro já fez diversas críticas à ação da pasta, principalmente após o agravamento dos índices de contágios e mortes desde o fim do ano.
Vacinas
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nessa sexta, durante cerimônia na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, que o governo federal tem avançado nas negociações com laboratórios para conseguir mais vacinas para o País. O ministro citou quatro possíveis imunizantes que estão na “prateleira” da pasta.
“Continuamos avançando com negociações em outros laboratórios, como a Janssen (Johnson & Johnson), a Pfizer, a Precisa, da Bharat Biotech, indiana, e a Sputnik, da Rússia. Todas elas estão na prateleira de negociações”, detalhou Pazuello.
As vacinas na ‘prateleira’ de negociações do governo: Janssen – vacina Johnson & Johnson, Pfizer – vacina Pfizer/BioNTech, Precisa Medicamentos/Bharat Biotech – vacina Covaxin e União Química – vacina Sputnik V.
De acordo com o ministro, nessa sexta funcionários da Saúde se reuniram com representantes da vacina russa Sputnik V para discutir a “entrega de preços”. Mais cedo, o secretário-executivo da pasta, Elcio Franco, anunciou a intenção do Brasil de comprar 10 milhões de doses da Sputnik V.
O ministro frisou que todas as vacinas precisarão passar pelo crivo da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), seja para uso emergencial ou para registro definitivo.
Por enquanto, o Brasil tem autorização para uso emergencial de duas vacinas – a chinesa CoronaVac, do laboratório Sinovac, e a vacina Oxford/AstraZeneca.