Por Redação O Sul | 21 de maio de 2018
O vice-prefeito do Rio de Janeiro, Fernando Mac Dowell, morreu às 23h55min de domingo (20), aos 72 anos. Dowell havia sofrido um infarto no miocárdio no dia 13 deste mês e, desde então, estava internado no Hospital Vitória, na Barra da Tijuca. Ele deixa mulher e quatro filhos. De acordo com a assessoria do hospital, o vice-prefeito faleceu devido a complicações decorrentes do infarto.
Mac Dowell acumulava o cargo de vice com o de secretário municipal de Transportes até janeiro deste ano, quando o prefeito Marcelo Crivella decidiu nomear Rubens Teixeira, afastado pela Justiça da presidência da Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana), para a pasta. Na semana passada, Crivella chegou a enviar uma nota oficial informando que estava acompanhando a evolução do quadro de saúde de Mac Dowell ao lado da família do vice e pediu que o povo do Rio de Janeiro se unisse em orações por ele.
Mac Dowell já trabalhou com Ernesto Geisel, na época da ditadura militar, e também com Leonel Brizola, de 1991 a 1994. Teve importante participação na construção da ponte Rio-Niterói, da Linha Vermelha do metrô e de inúmeras obras de rodovias, ferrovias e aeroportos pelo País.
Ele cursou Engenharia na Uerj e, assim, que se formou, em 1969, foi convidado a dar aula na mesma instituição. O engenheiro também dava aulas como professor da PUC-Rio. Ele trabalhou no GEIPOT, empresa de transportes criada pelo regime militar nos anos 1960. No começo da década de 1980, exerceu a função de diretor do metrô carioca, quando a linha 1 começou a funcionar, durante o mandato do governador Chagas Freitas.
Ele também foi conselheiro da deputada Clarissa Garotinho quando ela presidiu a Comissão de Viação e Transportes da Câmara, de março de 2015 a abril de 2016. Em seguida, aceitou o convite para compor a chapa de Crivella.
Em nota, a prefeitura do Rio lamentou a morte e decretou tudo oficial de três dias. “Mac Dowell foi um companheiro exemplar, um notório servidor público com inestimáveis serviços prestados à nossa cidade. Neste momento de dor imensa, minhas orações e pensamentos estão com sua família e com todos que admiravam o seu caráter e sua generosidade”, afirmou Crivella.
Nomeação
O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, revogou na semana passada a decisão que suspendia a nomeação de Marcelo Hodge Crivella como secretário-chefe da Casa Civil do município do Rio de Janeiro. Filho do prefeito da cidade, o secretário teve a nomeação suspensa em fevereiro de 2017 pela Corte.
Como outra pessoa foi nomeada para o cargo, Marcelo Hodge Crivella alegou que não havia mais razão de o processo (uma reclamação apresentada por um advogado) seguir. Ao analisar o caso, Marco Aurélio entendeu que as reclamações devem ser usadas para questionar fatos específicos, não impedir nomeações futuras, por exemplo. E, por isso, decidiu arquivar o caso.
