Quinta-feira, 28 de março de 2024
Por Redação O Sul | 28 de março de 2016
Após dias de reclusão em São Paulo, o vice-presidente Michel Temer desembarcará hoje em Brasília para tentar unificar o PMDB em torno da decisão majoritária de deixar o governo Dilma Rousseff. Nas contas da cúpula do partido, já há maioria folgada para o rompimento de cerca de 80% dos votos do Diretório Nacional.
O Planalto tenta arregimentar apoio do principal partido aliado, mas admite que, na reunião do diretório, amanhã, a derrota é inevitável. A ofensiva será sobre outros partidos da base aliada, que ameaçam seguir os passos do PMDB. O governo faz as contas para obter apoio de 172 dos 513 deputados para barrar o processo de impeachment na Câmara.
O objetivo de Temer é fazer com que o PMDB saia da reunião unido para um projeto de poder próprio. Seu principal eixo das conversas será o acerto da situação daqueles que mantêm cargos no governo e não querem sair. Na Esplanada, há sete ministros peemedebistas. Entre eles, três devem rejeitar o desembarque: Eduardo Braga (Minas e Energia), Kátia Abreu (Agricultura) e Marcelo Castro (Saúde). Henrique Alves (Turismo) e Helder Barbalho (Portos) devem deixar seus postos. Mauro Lopes (Aviação Civil) tende a seguir a maioria da bancada de Minas Gerais, favorável à saída do governo. Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) deve se licenciar da legenda para se manter no cargo. Os ministros têm até 12 de abril para decidir seu rumo. (AG)