Sábado, 27 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 28 de março de 2016
Em meio às planilhas de contribuições eleitorais encontradas na residência do presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Barbosa Silva Junior, a Operação Lava-Jato apreendeu uma cópia de e-mail de funcionários do “setor de propinas” da empreiteira pedindo “pagamentos via bônus” a partidos e a políticos de sete siglas – PT, PMDB, DEM, PSDB, PPS, PDT e PTB – durante a campanha eleitoral de 2012. Parte dos repasses envolvendo a Construtora Norberto Odebrecht que aparecem na mensagem coincide ou é próxima dos valores declarados nas prestações de contas entregues pelas siglas, em 2012, à Justiça Eleitoral. Contudo, nenhum dos pagamentos da empresa ETH Bioenergia mencionados no e-mail coincide com o que foi declarado oficialmente – indício de que os pagamentos podem não ter sido feitos pelo caminho oficial.
A mensagem, de 29 de agosto de 2012, já no período eleitoral, sugere que a empresa teria repassado 2,5 milhões de reais para diretórios estaduais dos partidos, sem especificar que Estados seriam beneficiados. No e-mail, um funcionário do setor financeiro da Odebrecht, solicita a Benedicto e a Hilberto Silva, responsável pelo setor de Operações Estruturadas, os “pagamentos a serem efetuados via bônus” a partidos e políticos. A Operação Xepa, da Polícia Federal, concluiu que o setor de Operações Estruturadas era o “departamento de propinas” da empresa.
(AE)