Quarta-feira, 07 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 27 de junho de 2018
O H1N1, subtipo do vírus causador da gripe, foi responsável por 66% das mortes pela doença registradas neste ano no Brasil, apontam os dados do Ministério da Saúde. O subtipo também provocou 59,7% dos casos. Ao todo, o Brasil anotou 3.558 infecções e 608 óbitos entre 1º de janeiro e 23 de junho.
De acordo com o Ministério da Saúde, o vírus está circulando mais no território brasileiro. Os técnicos da pasta dizem, ainda, que todos os subtipos são igualmente preocupantes, sem uma maior letalidade em qualquer um deles.
No ano passado, diz a pasta, o H3N2 foi responsável pelo maior número de casos – o número também é reflexo de uma maior circulação do vírus no território.
O vírus da gripe (influenza) é dividido em tipos e subtipos. As letras (A e B, por exemplo) referem-se ao tipo, já as formas (H3N2, H1N1) são subtipos.
Veja os óbitos e casos divididos por tipo e subtipo do influenza:
– H1N1: 2124 casos e 399 mortes;
– H3N2: 728 casos e 102 mortes;
– Influenza B: 296 casos e 40 mortes;
– Influenza A não subtipado: 410 casos e 67 mortes.
Conforme o Ministério, a maior parte das mortes ocorreu em pessoas com doenças que aumentam o risco de complicações do vírus. Muitos eram cardiopatas, tinham diabetes ou já estavam com problemas respiratórios.
A taxa de mortalidade por influenza no Brasil está em 0,29% para cada 100 mil habitantes, informa a pasta.
Cobertura
A campanha nacional de vacinação contra a gripe começou no dia 23 de abril e foi até o final da semana passada. Na última segunda-feira, algumas cidades com estoque da vacina expandiram a imunização, por orientação do próprio Ministério da Saúde.
Crianças entre 5 e 9 anos e adultos entre 50 e 59 anos passaram a ter indicação gratuita nessas regiões em que há disponibilidade de doses. Na última sexta-feira, 17 capitais informaram que iriam expandir a campanha.
Os grupos com indicação de vacinação gratuita (depende da disponibilidade de doses nas cidades) são:
– Professores da rede pública e privada;
– Profissionais de saúde;
– Crianças entre 6 meses e nove anos;
– Gestantes;
– Mulheres com parto recente (com até 45 dias);
– Adultos entre 50 e 59 anos;
– Idosos a partir de 60 anos;
– Povos índigenas;
– Portadores de doenças crônicas;
– Indivíduos privados de liberdade (inclui funcionários do sistema prisional e menores infratores).
No total, o Ministério da Saúde conseguiu atingir 86,1% do público-alvo até sexta-feira (25). Gestantes e crianças tiveram a menor cobertura (73,4% e 73,2%).
Dentre as regiões, a Sudeste apresenta a menor cobertura de imunização até o momento (81%), situa o Ministério da Saúde.