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Brasil O Whatsapp contribuiu para o sucesso da greve dos caminhoneiros

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São pelo menos três grupos no aplicativo com participação de mais de 400 caminhoneiros. (Foto: Freepik)

À frente do movimento que bloqueou estradas, afetou o abastecimento de alimentos e outros bens e atrasou voos nos aeroportos por quatro dias, a Abcam (Associação Brasileira dos Caminhoneiros) conta com uma base sindical ampla e organizada com presença em praticamente todos os Estados, uma economia enfraquecida e um presidente de perfil conciliador. Em 2012 e 2015, quando participou de outras greves, sem liderar, a entidade tinha estrutura pequena e era pouco pulverizada. Na época, a categoria ainda não se organizava pelo WhatsApp. Hoje, são pelo menos três grupos no aplicativo com participação de mais de 400 caminhoneiros.

Pelos relatos de indústrias, comércio varejista e do agronegócio, os estragos econômicos causados pela paralisação entre segunda-feira e sexta-feira são maiores que os provocados nas greves anteriores. José de Fonseca Lopes, 76 anos, caminhoneiro de Presidente Prudente, no interior paulista, e fundador da Abcam em 1983, assumiu a entidade em 2011 e foi reeleito em 2016 para com mandato até 2021. Ele estava de licença médica na paralisação de 2015.

Lopes acredita que a categoria está mais unificada, se comunica melhor e os líderes regionais estão mais próximos. Como fruto dessa maior mobilização, a Abcam estima que em torno de 700 mil caminhoneiros filiados participavam da greve até sexta. A Abcam é composta por 54 entidades filiadas, incluindo sindicatos, associações e cooperativas. A entidade mudou sua sede de São Paulo para Brasília há três anos para que os dirigentes tivessem maior contato com ministros e parlamentares.

Lopes não é filiado a partidos políticos, mas tem longa carreira no meio sindical, tendo presidido o sindicato dos caminhoneiros de sua cidade e a Federação dos Caminhoneiros de São Paulo.

Recentemente, assumiu o cargo de vice-presidente da Confederação Nacional dos Transportes. Ele prefere não ter o título de cabeça do movimento, mas tem recebido milhares de mensagens nos últimos dias, de caminhoneiros apoiando sua posição firme de só ceder quando o governo finalmente sancionar a lei zerando a alíquota do PIS e Cofins sobre o óleo diesel.

“Em 2015, havia muitos líderes falando em nome do movimento. Acho que agora conseguimos unificar, mas a crise que o país vive nos últimos anos ajuda muito. Nunca tive apoio tão grande da sociedade como agora”, disse.

Nos bastidores, caminhoneiros admitem que a “fraqueza” do governo Michel Temer também facilitou a atuação mais contundente do movimento, o que contribuiu para que a categoria tenha conseguido arrancar a promessa do governo de zerar as alíquotas de Cide e PIS/Cofins sobre o diesel.

Para o deputado Sérgio Souza (PP-PR), que tem participado de reuniões no Palácio do Planalto, os caminhoneiros merecem crédito pela mobilização, mas eles foram beneficiados por uma conjuntura de preços altos dos combustíveis e que, por isso, ganhou também adesão popular.

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https://www.osul.com.br/o-whatsapp-contribuiu-para-o-sucesso-da-greve-dos-caminhoneiros/ O Whatsapp contribuiu para o sucesso da greve dos caminhoneiros 2018-05-26
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