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Brasil WhatsApp nunca será seguro, diz criador do Telegram

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O malware é distribuído por lojas alternativas de apps Android. (Foto: Reprodução)

Depois de virar manchete nos principais jornais do Brasil, Pavel Durov agora volta sua mira ao aplicativo preferido dos brasileiros. Em um artigo publicado na plataforma de blogs do Telegram, o Telegra.ph, o criador do mensageiro afirma, já no título, que o “WhatsApp jamais será seguro”, criticando a postura leniente da dona do mensageiro, o Facebook, junto a anunciantes e especulando sobre relações escusas com as autoridades americanas em prol da espionagem de seus usuários.

No texto, Durov cita diferentes motivos pelos quais as informações e sigilo dos utilizadores do WhatsApp estão em risco, na comparação com o bem mais seguro Telegram. Para ele, sempre que uma vulnerabilidade de segurança é encontrada e corrigida, outra pior aparece na sequência, algo “conveniente”, pois tais aberturas sempre permitem a vigilância dos utilizadores, o acesso a dados e obtenção de informações pessoais.

O criador do Telegram cita diferentes motivos para isso. Primeiro, a arquitetura de código fechado do WhatsApp dificulta o trabalho de especialistas, que não possuem acesso direto aos bastidores do app em busca de brechas na segurança. Pelo contrário, de acordo com Durov, há um esforço deliberado para ocultar informações do mensageiro, incluindo seus binários, enquanto o Telegram é aberto e, principalmente, receptivo a indicações de que existem problemas em seu funcionamento.

Isso também seria uma brecha para o segundo ponto de Durov, que é a parceria com agências de segurança americanas. Ele conta que, em apenas uma semana na qual seu time de desenvolvimento esteve nos EUA a negócios, foram três tentativas de intrusão pelas autoridades do país. O WhatsApp opera há mais de 10 anos nos Estados Unidos, tempo o bastante para que backdoors ocultos sejam instalados, seja em parceria ou não com a empresa mãe do mensageiro, o Facebook.

Durov afirma que, inclusive, as raízes do Telegram estão na falta de segurança do WhatsApp e também na pressão das autoridades russas sobre seu projeto anterior, a rede social VK, à qual ele teve que abandonar quando deixou o país. Hoje, ele enxerga que os mesmos esforços de intrusão foram feitos sobre o WhatsApp, que mesmo com a citada criptografia ponta a ponta nas mensagens, ainda permitiria acesso governamental ao backup dos usuários na nuvem. A prova disso, diz ele, são as pessoas que estão na prisão por crimes negociados pelo software.

Ele usa uma afirmação de Brian Acton, cofundador do WhatsApp, para sustentar suas alegações. Em setembro do ano passado, em entrevista, ele afirmou que a privacidade dos usuários do mensageiro foi vendida junto com o próprio, quando o software foi adquirido pelo Facebook. Para Durov, esse é um caminho sem volta, e as atualizações constantes não resolverão um problema que, na realidade, está na base de tudo.

Links para sites de notícias, informações sobre brechas de segurança ou declarações de executivos também estão espalhados pelo artigo de Durov, que diz lamentar o fato de o Telegram ainda não ter sido eficaz em convencer a maioria dos usuários a migrarem de mensageiro. O WhatsApp continua como o software do tipo mais utilizado do mundo e, na visão dele, deve permanecer como tal por mais um bom tempo.

Mais do que isso, ele teme que Mark Zuckerberg e outros dirigentes do Facebook tentem, com o Telegram, uma estratégia semelhante à do Snapchat, copiando cada vez mais recursos do rival até que ele se torne desnecessário no mercado. Para Durov, entretanto, isso jamais vai acontecer pelo simples fato de que sua aplicação é mais segura e robusta.

Para acabar com a “era da hipocrisia e da ganância” e iniciar a da “privacidade e liberdade”, o russo faz um pedido: que cada usuário do Telegram convença três amigos a baixarem a solução e deixarem de usar o WhatsApp. Parece uma empreitada difícil, principalmente no Brasil, onde o aplicativo está no noticiário de forma nada positiva — mesmo sem ter falhas em sua segurança como vetor dos vazamentos recentes.

 

tags: segurança

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