Sexta-feira, 17 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 21 de março de 2020
O YouTube, da Alphabet, anunciou na sexta-feira (20) que reduzirá sua qualidade do streaming de vídeos na União Europeia para evitar problemas na internet, já que milhares de europeus, em razão da pandemia de coronavírus, passaram a trabalhar em casa.
O YouTube é a segunda empresa, depois da Netflix, a agir depois que o chefe da indústria da UE, Thierry Breton, pediu às plataformas de streaming que reduzissem a qualidade de seus vídeos para evitar a sobrecarga da internet. Os vídeos representam uma parte substancial dos dados de tráfego da internet.
A mudança ocorreu depois que Breton conversou com o presidente-executivo da Alphabet, Sundar Pichai, e com a presidente-executiva do YouTube, Susan Wojcicki.
Um porta-voz disse que a decisão inclui o Reino Unido e será inicialmente de 30 dias, sujeita a revisão.
Os provedores de telecomunicações da Europa, da Vodafone à Deutsche Telekom, relataram um aumento no tráfego de dados nos últimos dias.
Breton quer que a internet seja capaz de lidar com serviços cruciais, como assistência médica e aulas online, por milhares de crianças em casa durante o surto de coronavírus.
A Netflix disse na quinta-feira (19) que reduziria as taxas de bits, que determinam a qualidade e o tamanho de seus arquivos de áudio e vídeo, em toda a Europa por 30 dias, reduzindo o tráfego nas redes europeias em cerca de 25%.
Com os países passando por restrições intensas impostas pelo governo, empresas em férias coletivas e serviços limitados, o número de pessoas online ultrapassa em muito os usuais. YouTube e Netflix são as principais opções de quem está em casa e por isso têm maior responsabilidade sobre a utilização da rede mundial de computadores.
De acordo com um relatório da empresa Sandvine, os vídeos são os principais vilões no consumo de dados, representam 60% mundialmente, sendo a Netflix responsável por 12% e o YouTube outros 12%. A Amazon também afirmou que tomará medidas para diminuir o consumo relacionado ao Prime Video.
O Disney+, serviço de streaming que ainda não está disponível em todo o mundo, recebeu pedidos do governo da França para adiar seu lançamento no país. As autoridades temem o uso fora do comum da plataforma, que reúne muito conteúdo infantil, enquanto as aulas estão suspensas.