Quarta-feira, 21 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 13 de janeiro de 2021
O YouTube anunciou que suspendeu o canal de Donald Trump por violar as políticas de incitação à violência após o ataque da semana passada ao Capitólio dos Estados Unidos por partidários do presidente.
O canal de Trump fica impedido de enviar novos vídeos ou fazer transmissões ao vivo por no mínimo sete dias, que podem ser prorrogados, segundo comunicado do YouTube. A empresa também desativou indefinidamente os comentários nos vídeos do canal.
As plataformas online e as empresas de mídia social tem tomado medidas contra aqueles que encorajaram ou se envolveram na violência em Washington no último dia 6 de janeiro.
O Twitter, por exemplo, já baniu a conta do presidente americano permanentemente. Já o Facebook e Instagram suspenderam as contas de Trump até a posse de Joe Biden, marcada para o dia 20 de janeiro.
A suspensão ocorreu após comentários que ele fez em uma entrevista coletiva, que foi transmitida na plataforma na manhã de terça-feira (12).
A ação do YouTube contra o presidente ocorre depois que grupos de direitos civis dos EUA disseram à Reuters que estavam prontos para organizar um boicote publicitário contra a empresa se ela não suspendesse o canal de Trump.
Apoiadores de Trump invadiram o Capitólio dos EUA na quarta-feira (6), tentando impedir a certificação pelo Congresso da vitória eleitoral do presidente eleito Joe Biden.
Trump, que questionou a validade da vitória de Biden sem apresentar provas, inicialmente elogiou seus apoiadores, mas depois condenou a violência.
Os políticos foram forçados a fugir quando o prédio foi cercado por manifestantes que sobrecarregaram as forças de segurança. Cinco pessoas morreram no ataque, incluindo um policial do Capitólio, e mais de 90 foram presos.
Parler
A plataforma de mídia social Parler, que saiu do ar depois que a Amazon.com parou de hospedar o site acusado de ser usado por simpatizantes de Donald Trump e por integrantes dos grupos que invadiram o Capitólio na semana passada, pode não voltar mais, disse o presidente-executivo da empresa, John Matze.
Muitos fornecedores de serviços para a rede social cortaram relações com o Parler, onde o presidente Jair Bolsonaro e seus filhos mantêm contas, após a violência registrada em Washington na semana passada, disse Matze.
A rede social informou em um processo judicial que tem mais de 12 milhões de usuários. Matze disse que o Parler estava falando com mais de um provedor de serviços de computação em nuvem, mas se recusou a divulgar nomes, citando probabilidade de assédio para as empresas envolvidas.
Segundo o executivo, a melhor coisa seria se Parler pudesse voltar pela Amazon. A rede social abriu na segunda-feira uma ação contra a Amazon, classificada pela companhia como sem mérito. “É difícil saber quantas empresas estão dizendo que não podem mais fazer negócios conosco”, disse Matze, acrescentando que o Parler está considerando processar outros fornecedores.