Terça-feira, 14 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 1 de março de 2016
O Conselho Federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) pediu ao juiz Sergio Moro acesso às investigações da 23ª fase da Lava-Jato. Chamada Acarajé, a operação levou à prisão o marqueteiro das campanhas de Lula (2006) e Dilma (2010 e 2014) João Santana, para analisar a viabilidade do impeachment da presidenta, que está em pauta na Câmara dos Deputados desde o ano passado.
A iniciativa do conselheiro Erick Venâncio Lima do Nascimento faz parte dos trabalhos da comissão interna criada pela entidade em outubro do ano passado para analisar as possibilidades de afastamento de Dilma do ponto de vista jurídico. Em novembro de 2015 o colegiado decidiu, por três votos a dois, recomendar ao Conselho Federal da Ordem que não endosasse o pedido de afastamento da presidenta com base na reprovação das contas do governo federal em 2014 pelo Tribunal de Contas da União.
Depois do parecer e diante da nova etapa da Lava-Jato, a comissão interna decidiu dar continuidade aos trabalhos e pediu informações ao juiz federal responsável pela operação no Paraná. Deflagrada na semana passada, a Acarajé levou para a prisão João Santana e sua mulher e sócia Mônica Moura pelo fato de o casal ter recebido ao menos 7,5 milhões de dólares em uma conta não declarada no exterior entre 2012 e 2014. Parte dos repasses foram feitos pela Odebrecht e pelo lobista Zwi Skornicki.