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Brasil Ocupação de leitos de UTI tem a maior queda desde a explosão de casos da variante ômicron do coronavírus

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Diminuição nos casos já se reflete no número de internações. (Foto: Cristine Rochol/PMPA)

Após quase 15 dias de queda na média no número de casos de coronavírus, os hospitais começam a refletir a melhora. Levantamento feito pela Fiocruz nesta semana mostra redução consistente nas internações pela doença em praticamente todo o país: a maior durante a onda provocada pela Ômicron.

As taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no SUS obtidos pelos pesquisadores da Fiocruz na noite de 21 de fevereiro confirmam a tendência de melhora no indicador, que já havia sido verificada na semana anterior, dessa vez de forma mais acentuada.

Agora, apenas duas unidades federativas, Mato Grosso do Sul (82%) e Distrito Federal (100%), estão na faixa considerada crítica, ou seja, acima de 80%. Na semana passada, eram quatro. Do dia 14 para cá, Pernambuco, que estava em situação crítica, passou à taxa de 68%, e o Rio Grande do Norte despencou para 49%.

Na maior parte do país, as internações caíram de forma bem acentuada. Segundo o levantamento, foram pelo menos cinco pontos percentuais em 17 estados. Na semana anterior, 14 estados estavam na zona de alerta intermediário, agora são dez nesta situação.

Segundo o boletim da Fiocruz, “é possível afirmar que o quadro atual aponta para melhora da situação, embora algumas taxas de ocupação de leitos ainda estejam muito elevadas, tendo havido inclusive aumento em Sergipe e estagnação em Tocantins, Goiás e Distrito Federal. Aos poucos a tendência de redução de internações e da ocupação de leitos de UTI vai se confirmando”.

Para o pesquisador Raphael Guimarães, as taxas de ocupação de leitos remetem ao cenário da pandemia visto em outubro e novembro do ano passado, antes da chegada da variante.

“O pico da Ômicron aparentemente ficou para trás. O conjunto de indicadores, com a redução da quantidade de casos novos, estabilização da mortalidade já que há defasagem de 3 a 4 semanas entre a queda nos casos e nos óbitos, a diminuição na ocupação de leitos e o aumento na cobertura vacinal, mostra que a tendência é que nesse semestre a pandemia se torne mais endêmica”, afirma Guimarães.

Para o pesquisador, o carnaval “requer algum alerta”, já que apesar de os grandes eventos terem sido adiados, devem ocorrer aglomerações pontuais. No entanto, ele considera difícil haver um repique grande, sendo mais provável uma diminuição na velocidade de queda.

As internações e ocupação de leitos, no entanto, refletem a desigualdade da situação da pandemia no país, inclusive na assistência.

“A gente tem vários Brasis. De um lado, Rio Grande do Sul e São Paulo e do outro Maranhão e Pará, em que há casos em ascensão, cobertura vacinal mais baixa. A rede de média e alta complexidade escancara nossa desigualdade regional, com a maior parte dos serviços concentrados no Sul e Sudeste. Esse é um problema crônico, não só da pandemia. Atualmente, a região Norte tem maior vulnerabilidade para avançar na vacinação e rede assistencial menos robusta”, analisa Guimarães. “É preciso um olhar mais cuidadoso para esses estados, onde os indicadores vão diminuir de forma lenta. A gente só pode dizer que ultrapassou a fase de pandemia quando tiver controle da doença em todos os territórios do país.”

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https://www.osul.com.br/ocupacao-de-leitos-de-uti-tem-a-maior-queda-desde-a-explosao-da-variante-omicron-do-coronavirus/ Ocupação de leitos de UTI tem a maior queda desde a explosão de casos da variante ômicron do coronavírus 2022-02-25
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