Roberto Magalhães ao lado do seu belo quadro com a inscrição “Vultus et Animi Janua”. (Foto: divulgação)
Gasparotto
A temporada no Rio de Janeiro, com expectativas e dúvidas a respeito das Olimpíadas, temor do vírus Zika, e outras atribulações, confirmou o retorno dos blocos nas ruas, o que mostra o renascimento de um estilo romântico de carnaval – apesar do absurdo volume de gente que circulava em todos os recantos. A visão das ruas de Ipanema com as árvores Abricó-de-Macaco, Couroupita guianensis – nome científico – está linda.
Um dos meus bonitos programas foi visitar a morada atelier do pintor Roberto Magalhães e de sua Beth, na Ilha da Gigoia, um encantador recanto escondido na Barra da Tijuca, e cujo acesso é através de pequenos barcos. O cenário é perfeito para o pintor, a quem admiro de sempre. Foi uma tarde inesquecível.
Ainda a respeito da ilha: faz parte da área de preservação da Lagoa da Tijuca, felizmente pouco conhecida na Barra. Viver lá é um sonho, que felizmente poucos almejam, e tomara que não fique infestada pelo turismo e chatos em geral. Sugere o melhor das fantasias de viver perto-longe da estafante realidade das grandes cidades.
A tarde com Roberto Magalhães e Beth foi outro tanto de sonho. Tive oportunidade de conhecer telas como esta que aparece junto com o pintor, entre muitos outros trabalhos em que a imaginação e criatividade do artista empolgam de forma incomum. A tela com uma figura fantástica tem a inscrição “Vultus et Animi Janua”, cujo significado é mais ou menos: exteriorizando a alma (caráter).
Meu encontro com Roberto Magalhães (à dir.): arte como motivação da conversa. (Foto: divulgação)
Um belo exemplar da árvore Abricó-de-Macaco. (Foto: divulgação)