Sábado, 20 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 7 de maio de 2021
O imunizante torna-se o primeiro desenvolvido por um país não ocidental a ganhar o apoio da Organização Mundial da Saúde.
Foto: Reprodução Wikimedia CommunsNesta sexta-feira (7), a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou a aprovação da a vacina contra o coronavírus produzida pela farmacêutica chinesa Sinopharm para o uso emergencial. Trata-se do quinto imunizante a ser incluído na lista da entidade desde o início da pandemia.
A vacina da Sinopharm é do tipo “inativada”. Isso quer dizer que ela utiliza o método clássico que recorre a um vírus “morto” para gerar reação imunológica no organismo, preparando-o para uma resposta eficiente quando entrar em contato com o vírus ativo.
Com recomendação de uso para maiores de 18 anos, o o ciclo imunizatório é de duas doses com um espaçamento de três a quatro semanas. A eficácia para a doença sintomática e hospitalizada foi estimada em 79%.
Até agora, a OMS já concedeu autorização similar para os imunizantes: Pfizer-Biontech, Johnson & Johnson (ambas dos Estados Unidos) e Oxford-AstraZeneca (Reino Unido).
Moderna
Uma aprovação pela agência de Saúde da ONU (Organização das Nações Unidas) abre caminho para que a vacina possa ser distribuída pelo Covax Facility, o consórcio mundial organizado pela Organização Mundial da Saúde para garantir um acesso mais igualitário aos imunizantes por países mais pobres.
“[A aprovação] amplia a lista de vacinas que o Covax pode adquirir e aumenta a confiança de países para que eles possam acelerar as decisões de suas agências regulatórias, importar e aplicar a vacina”, disse em entrevista coletiva o chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Acelerar o acesso
A brasileira Mariângela Simão, diretora-geral adjunta de Acesso a Produtos de Saúde da Organização Mundial da Saúde, disse em um comunicado que a aprovação tem o potencial para acelerar o acesso da vacina a profissionais de saúde e a populações em risco.
“Pedimos ao fabricante que participe do Covax Facility e contribua para o objetivo de uma distribuição de vacinas mais equitativa”, disse Simão.
O balanço mais recente do consórcio de vacinas apresentou que mais de 54 milhões de doses foram encaminhadas aos 121 países membros da aliança Covax – entre eles o Brasil, que tem direito a 10,5 milhões de doses intermediadas pela OMS.