Segunda-feira, 05 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 18 de fevereiro de 2022
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que os países que estão com números altos de casos de covid-19 podem encurtar a duração recomendada da quarentena de 14 dias em algumas situações.
A agência da ONU afirmou que suas novas orientações podem ser úteis em lugares onde os serviços essenciais estão sob pressão.
Por exemplo: o período de quarentena pode ser reduzido para 10 dias sem testes, e para 7 dias com teste negativo -caso a pessoa não desenvolva quaisquer sintomas, afirmou a OMS.
Onde os testes para encurtar a quarentena não são possíveis, a ausência de sintomas pode ser utilizada como uma alternativa para a testagem, afirmou a agência em suas orientações provisórias.
A OMS também disse que os países podem considerar o relaxamento das medidas de rastreamento de contato em situações semelhantes.
Para contatos de pessoas infectadas com a covid-19, aqueles que estão em maior risco de infecção, tais como profissionais de saúde, devem ser priorizados, assim como as pessoas com maiores riscos, seja com comorbidades ou não-vacinados.
Alguns países, como Estados Unidos, Alemanha e Suíça, encurtaram os períodos de quarentena para lidar com uma onda de infecções pelo coronavírus impulsionada pela variante ômicron.
Queda da imunidade
Um estudo apontou que a queda da imunidade provocada pela vacinação contra a covid-19 ocorre mais lentamente entre as pessoas que foram infectadas pelo coronavírus. Elaborada por pesquisadores de instituições britânicas, a pesquisa foi publicada em um dos mais prestigiados periódicos científicos de medicina, o New England Journal of Medicine.
Entre os participantes não infectados pelo coronavírus, a efetividade da vacina caiu de 85% para 51% cerca de sete meses após a segunda dose. Já a imunidade de pessoas imunizadas com vacina e que foram contaminadas, permaneceu alta em cerca de 68% mais de um ano após a infecção.
Mas os autores ponderam que o estudo não conseguiu aferir o período em que a imunidade permaneceria alta no caso dos reinfectados. “Nós mostramos que a imunidade permanece alta até um ano, e depois começa a cair. Pela limitação de acompanhamento, permanece sem ficar claro a duração da proteção imunológica dos reinfectados”, diz o artigo.
Entre as pessoas infectadas pela primeira vez, 61% relataram sintomas de covid-19 e 13% informaram outros sintomas. Já entre os reinfectados, 34% disseram ter tido sintomas de covid-19 e 20% mencionaram outros sintomas.
O estudo analisou a duração e efetividade da imunidade em trabalhadores da saúde no Reino Unido, considerando um intervalo de mais de dez meses após a primeira dose da vacina contra a covid-19. Participaram 35.768 voluntários.