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Economia Onda de otimismo com a China e a inflação elevam a Bolsa e baixam o dólar

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Dólar teve mínima de R$ 4,7237. (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

A Bolsa sobe e retoma os 121 mil pontos após um ano e dois meses nessa segunda-feira (24), influenciado por onda de otimismo com a China e com a inflação. Por volta das 13h55, a Ibovespa avançava 1,05%, para 121.473 pontos. Já o dólar caia mais de 1% nesta segunda. Às 14h18, era negociado por R$ 4,7292, queda de 1,07%. A divisa americana teve mínima de R$ 4,7237, a mais baixa desde junho de 2022.

A valorização do câmbio alimentou também as mínimas dos juros futuros, que operam em queda à espera do Índice de Preços ao Consumidor Amplia 15 (IPCA-15) de julho, terça (25), e da decisão do Federal Reserve (Fed, banco central americano) sobre juros, na quarta (26).

China e petróleo

Na madrugada dessa segunda, horário de Brasília, o principal órgão decisório da China, o Politburo, anunciou que está confiante sobre a recuperação do país, prometendo mais estímulos, o que deve beneficiar a demanda da segunda maior economia do mundo por petróleo. Com isso, a commodity passou a subir impulsiona todo setor petrolífero.

“As commodities é que estão alavancando, com Vale e Petrobras puxando. Há a expectativa de anuncio de estímulos da China, mas temos visto o governo meio reticente, não querendo aliviar muito, deixando de anunciar”, menciona Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença.

Otimismo e tese sobre juros

Em meio às incertezas sobre a recuperação da China no pós-pandemia, notícias de que o governo chinês está disposto a promover estímulos ao setor de construção civil reduziram os temores em torno da economia do país asiático. E embora ainda esteja em fase de estudos, especulações sobre a retomada da demanda chinesa, maior consumidora de minério de ferro do mundo, deram fôlego às exportadoras de commodities na bolsa.

Dados do mercado de trabalho (payroll) dos Estados Unidos serviram para calibrar as apostas para a próxima decisão de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), neste mês.

Depois de tocar a mínima histórica, a taxa de desemprego do país voltou a subir em maio. Saiu de 3,4% para 3,7%, acima do esperado pelo mercado. E a disparada de salários, motivo pelo qual a inflação tem demorado a arrefecer, desacelerou. Cresceu 0,3%, é verdade, mas abaixo da alta de 0,5% do último mês.

“O payroll surpreendeu com uma criação de vagas além do esperado, porém o salário médio não subiu tanto quanto se esperava e a taxa de desemprego subiu, fatores que foram vistos como positivos pelo mercado, o que colaborou para o otimismo das bolsas, junto à aprovação do acordo de elevação do teto da dívida americana”, destaca Rodrigo Azevedo, economista e sócio-fundador da GT Capital.

Desde o início do ciclo de alta de juros, em março de 2022, enfim começam a dar sinais mais evidentes os efeitos do processo de aperto monetário promovido pelo Fed.

Por outro lado, a geração de empregos em maio, 78% acima das expectativas, mostra um mercado de trabalho ainda aquecido por lá. Ganham força, portanto, falas recentes de dirigentes do Fed sobre realizar uma pausa no aumento de juros em junho.

Não significa, porém, que novas altas não virão. Tal e qual fez a autoridade monetária brasileira, a pausa tem por objetivo manter a taxa de juros estável durante um tempo, até que se possa avaliar dados futuros e entender a necessidade de extensões adicionais. E, quem sabe, adiar ou evitar uma recessão.

“Os investidores esperam que os juros fiquem estáveis na próxima reunião do Fed, já que não há nenhum dado alarmante que indique a necessidade de novas altas”, complementa Azevedo.

Nas últimas semanas, indicadores inflacionários sustentaram a tese de que cortes nos juros estão por vir. O próprio IGP-M, que costuma antecipar tendências de alta ou de baixa do índice oficial da inflação, o IPCA, acumula resultado negativo não só em maio (-1,84%), como no ano (-2,58%) e, também, em 12 meses (-4,47%).

Embora o movimento de desinflação ocorra em passos lentos, a despeito da elevação do custo de capital, a pressão de preços tem esfriado. Em paralelo, mesmo com os juros elevados, a economia dá sinais de força.

Além disso, aos olhos do mercado, o novo arcabouço fiscal ajudou a reduzir a sensação de risco de calote do governo. Não à toa, desde a aprovação na Câmara, as taxas de juros futuros nacionais vêm numa toada de queda, em especial as com prazos mais longos.

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