Mundo Ondas de novos visitantes fazem turismo em Cuba bater recordes
Por Redação O Sul | 7 de maio de 2016
As autoridades cubanas estão comemorando o aumento de 17,5% do número de turistas recebidos ano passado. Foram 3,525 milhões de visitantes em 2015, grande parte atraída pelo anúncio do restabelecimento das relações do país com os Estados Unidos. Para 2016, a expectativa é de um crescimento maior ainda: de janeiro até 11 de março, ou seja, mesmo antes que Barack Obama e os Rolling Stones chegassem lá, Cuba já registrara a entrada de 1 milhão de estrangeiros – 20 dias mais cedo que em 2015.
“Estamos tendo mais visibilidade em todo o mundo”, diz Doralis Velázquez, diretora comercial do Ministério de Turismo de Cuba.
Segundo Doralis, o país tem infraestrutura hoteleira para receber ondas de novos visitantes. Mas encontrar vagas nos hotéis não tem sido exatamente fácil. Em Havana, não para de chegar gente nova. Como a equipe da franquia “Velozes e Furiosos”, que está usando a ilha de Fidel Castro para cenas de seu próximo filme. Em contrapartida, tem crescido o número das chamadas “casas particulares” (cujos moradores oferecem quartos e café da manhã) e dos paladares (que servem refeição).
As grandes empresas do setor de turismo também não param de investir. Um exemplo é a espanhola Iberostar (iberostar.com), que a cada dia aumenta seus negócios no país, onde chegou há 23 anos. Ao todo, já são 11 hotéis. Há três meses, a rede inaugurou o resort Praia Pilar, o segundo em Cayo Guillermo. Em outubro, será a vez do Bella Vista, o quinto em Varadero, a praia da ilha que mais atrai turistas: a empresa somará, então, 900 quartos aos 4,5 mil que tem em Cuba.
“Natureza, cultura, segurança e gente.”
“Estamos consolidando nossa presença em um mercado em que sempre estivemos. Todo mundo agora fala em Cuba”, afirma Luis Jiménez Ayala, diretor comercial e de marketing da Iberostar em Cuba, acrescentando os quatro fatores que, para ele, tornam o país especial. “A natureza, a cultura, a segurança, e, o mais importante, as pessoas.”
Na capital, a rede tem o Parque Central, um hotel moderno que fica em Havana Velha, com diárias para casal a 280 euros. A quatro horas dali, na cidade histórica de Trinidad de Cuba, a diária do Grand Hotel Trinidad sai a 198 euros.
A italiana MSC Cruzeiros (msccruzeiros.pt) é outra empresa que já aportou no país. Na temporada 2015/2016 se tornou a primeira companhia a fazer cruzeiros regulares para Cuba, com o MSC Opera. E, em abril, anunciou, para 2016/2017, a entrada de outro navio na mesma rota, o MSC Armonia.
A decisão da MSC de aumentar sua presença na região aconteceu no momento em que o governo cubano autorizou a Carnival, primeira americana do setor, a navegar na rota Miami/Havana. O navio tem capacidade para 710 passageiros e preços a partir de 1,8 mil dólares por pessoa.
No caso dos dois navios da MSC, que seguem o mesmo trajeto (Havana, Montego Bay/Jamaica, George Town/Ilhas Cayman e Cozumel/México), a capacidade é para 2,6 mil. E a tarifa, incluído o voo até Havana, sai a partir de 1.264 euros por pessoa.
O diretor comercial e de marketing da MSC Cruzeiros do Brasil, Adrian Ursilli, diz que a empresa está fortalecendo sua presença em uma “região nobre”: “Até porque, turismo também é moda”. (AG)
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