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(Foto: Reprodução)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

A nível nacional, espraiou-se movimento que envolve o estudante, o professor, introduz-se no seio familiar e checa, num desafio flagrante , a estratégia de política pública da União (também), mas majoritariamente dos Estados e, minoritariamente, dos Municípios. Sei muito bem que é capítulo do macrotema Educação, se prestando, en passant, para alguns comentários: a “ocupação das escolas”.

Não se trata de, em nome do que foi, julgar, como rebeldia contundente os momentos e os movimentos atuais. Não é o caso de desmerece-los porque, se ha críticos do administrativo – e os há por bastante insatisfatório, justificando o alegar e o reivindicar – porque se deve explicita-lo, não é o caso de repetir palavras de ordem em faixas esfarrapadas que mais servem ao protesto anárquico do que à cobrança de quem se faz respeitável porque contesta com conhecimento e reivindica não só o merecido, mas dialoga com seriedade e vigor , entendendo que o limite é o possível.

Se, no entanto, a contradita é ideológica, faz-se indispensável, por uma ética do ensinar, antes de mais nada, dar ao estudante uma informação – que ajudará na sua formação de 360 graus – visando a que esteja “vacinado” intelectualmente, e não seja, inocente, massa de manobra, repetidor de efeitos acanhados, roboticamente repetidos.

Críticos mais conservadores, ao analisar o contexto, decidirão condenatoriamente ao LAR (as vezes só um abrigo material: mera CASA). Isto significaria a desorganização da família vista, no agora, como um cenário em que pela fraqueza e pela franquia, estaria deixando que a infância e a adolescência, por anomalias do núcleo doméstico, fossem fragilizando os valores melhores submetendo-se, pela fraqueza, a padrões incorporados pelo efeito imitação – e não intelectualmente digeridos – .

Constata-se, muitas vezes, o erguimento de uma barreira à criação de um núcleo básico de informação salutar, sem o qual se fica aquém do que tais analistas CREEM QUE SE FOI e, talvez PIOR, MUITO AQUEM do que se deveria ser.

Matéria não pacífica! Há quem veja na escola porque seria (ou é?) cronológica e logicamente o segundo momento sistêmico educacional caber-lhe colaborar – justamente quando a criança e o jovem são um universo receptivo – na adoção de novos valores, deliberadamente personalíssimos. Querem tais pedagogos que se retire da escola o papel – antes quase exclusivo – de RETRANSMISSORA, valorizando-se a criatividade, a inovação – e por que não dizer – a rebeldia!

Tanto na família como na escola, estão as sementes que, germinadas, farão raiz, tronco e caule do fruto do depois. Enveredar por esse tema, ao ver a chamada OCUPAÇÃO da ESCOLA, ora multiplicando-se, ora recuando, a gerar farto material jornalístico, com certo ar de “deja vu” quando recorda do líder agitado e agitador do movimento estudantil europeu, COHEN BENDIT (hoje um moderado político), lembra tempos idos e parece que vindos, da memória do milênio passado.

A “nossa novidade”, comparada, em sua gênese e modelagem, às europeias chega, com semelhança, mas não igual – e seria possível? – meio século depois. Em nome do direito de ir e vir, não condiz com democracia o impedir, pela força, que colegas, muitas vezes majoritários, queiram, NA ESCOLA, TER AULAS. La comparecem, para estudar.

Não há como misturar, vendendo uma similitude inexistente, greve (tema trabalhista) de professores e “ocupação” de escolas (tema administrativo, disciplinar e de conteúdo didático e pedagógico), basicamente envolvendo o alunado.

Se há grupos de alunos que não gostam do Temer (ou que não gostavam da Dilma) que façam passeatas na rua, pacificamente, exercendo seu direito de cidadãos; ou negociem com a Direção a fim de que reserve hora e local para, nos limites do educandário, discutir o tema. Tal se poderia entender como um direito que, no entanto, lhes (aos estudantes) cobra o dever de respeitar o direito de seus colegas que “casualmente” acreditam que à Escola se comparece TAMBÉM PARA TER AULA.

Não me lembro, com certeza, se a frase atribuída à sabedoria pragmática dos Romanos (construtores de um Império) foi de Virgílio ou de Cícero, mas vale como lição cautelar: “não só para a escola, mas para a vida aprendemos…”. E atrevo-me (quase presunçoso) a complementar: “também na escola …”.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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