Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 22 de outubro de 2020
Um vídeo publicado pela ONG Fishermen and Friends of the Sea mostra um petroleiro inclinado no Golfo de Paria, na Venezuela, a 1.300 km da costa brasileira. A embarcação FSO Nabarima contém mais de um milhão de barris de petróleo e corre risco de naufragar causando grandes danos ambientais na região, segundo a organização.
“Se algo der errado, se tivermos um tempo ruim, várias circunstâncias podem fazer com que o navio vire”, afirma Gary Aboud, secretário corporativo da ONG, no vídeo.
A embarcação é operada por uma joint-venture (empreendimento conjunto) entre a estatal venezuelana de petróleo PDVSA e a italiana Eni.
A Marinha do Brasil se manifestou sobre o caso, em nota publicada no dia 17 de outubro, informando que o Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA), formado pela MB, Ibama e Agência Nacional do Petróleo, “acompanha tecnicamente a situação do Navio Cisterna FSO Nabarima, de bandeira venezuelana, que se encontra avariado no litoral daquele país, no Golfo de Paria, com carga de óleo cru”.
A organização também afirmou que e as condições de corrente naquele local possuem um regime de dispersão no sentido Noroeste, em direção ao Mar do Caribe.
“O GAA permanecerá avaliando o comportamento das correntes marítimas e condições meteorológicas da região, além dos fatores de segurança da navegação, de forma a antecipar qualquer ação necessária no âmbito do País”, informou a Marinha do Brasil.
Em uma publicação divulgada em uma rede social nesta quarta-feira (21), a ONG Fishermen and Friends of the Sea afirma que de acordo com imagens obtidas pela SkyTruth (órgão de vigilância ambiental) e relatórios que circulam nos meios de comunicação globais, um petroleiro venezuelano havia se aproximado do FSO Nabarima e estava transferindo parte do petróleo.
No entanto, a organização alerta que isso não significa que a região está fora de perigo. “Não existem medidas suficientes para conter qualquer derrame que possa ocorrer durante a transferência, especialmente porque o FSO Nabarima é instável”, afirmaram.
Segundo informações da Reuters, a embarcação também estaria passando por reparos, de acordo com uma pessoa familiarizada com o assunto.