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Por Redação O Sul | 7 de fevereiro de 2016
O MPF (Ministério Público Federal) afirmou que a defesa de executivos da Odebrecht busca fazer do processo da Operação Lava-Jato uma “feira de chicanas ou fábrica de nulidades”, em manifestação entregue ao juiz federal Sergio Moro contra o pedido de exclusão dos autos de documentos enviados pela Suíça. São dados sobre contas por meio das quais a empreiteira teria pago propinas no exterior a ex-dirigentes da Petrobras.
Em petição apresentada em janeiro, os advogados criminalistas Dora Cavalcanti e Rafael Tucherman, defensores de Márcio Faria – preso desde 9 de junho de 2015 –, sustentam que o Tribunal Penal da Suíça julgou ilegal a remessa dos extratos bancários e pedem a nulidade do uso do material como prova.
Após o pedido, o juiz Moro ordenou a suspensão dos prazos das defesas para apresentação das alegações finais dos acusados na ação penal e deu três dias para que o MPF se manifestasse. As alegações finais são a parte derradeira do processo, em que o MPF, que acusa, e as defesas, apresentam suas argumentações a serem considerados pelo juízo. (AE)