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Brasil A Operação Lava-Jato confirma a existência de ordens de pagamento da Odebrecht para a cúpula do PMDB

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Políticos estavam identificados por codinomes. (Foto: Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas)

Em busca de provas para corroborar os depoimentos dos delatores da Odebrecht, a PGR (Procuradoria-Geral da República) encontrou, no sistema eletrônico da empresa, arquivos originais com os nomes do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e do ex-ministro Geddel Vieira Lima. A PGR localizou ordens de pagamentos e descartou fraudes na criação dos arquivos.

Os relatórios da SPEA (Secretaria de Pesquisa e Análise), órgão técnico da PGR, foram produzidos por um perito criminal entre 27 de julho e 8 setembro deste ano. Os nomes dos dois peemedebistas estavam em uma planilha no sistema da Odebrecht que os associa aos codinomes “Fodão” e “Babel”, respectivamente.

A análise da PGR também encontrou arquivos originais com programações de pagamentos para o ministro Moreira Franco (Secretaria-Geral) e os ex-deputados Eduardo Cunha (RJ) e Henrique Alves (RN), todos do PMDB. Segundo os relatórios, eles estavam identificados por codinomes que, para serem vinculados às pessoas, dependem dos depoimentos.

Para investigadores, a importância dos arquivos reside no fato de mostrar que foram criados e modificados na época dos repasses delatados, e não forjados recentemente. A existência deles, porém, não comprova a efetiva entrega do dinheiro aos políticos. Todos eles – Padilha, Moreira, Cunha, Geddel e Alves – são apontados nas delações como operadores de arrecadação de recursos da empreiteira para o PMDB. Os três últimos estão presos.

Os relatórios foram anexados aos autos da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer e a cúpula do PMDB, incluindo os ministros Padilha e Moreira Franco. “Após intenso trabalho de tratamento de informações”, segundo relatórios, 1,7 milhão de arquivos foram analisados, sobretudo e-mails e planilhas do Drousys, sistema de comunicação usado pela Odebrecht para gerenciar propinas.

Conforme um dos relatórios, de 8 de setembro, a PGR encontrou no Drousys uma planilha chamada “programações semanais-2010”, com uma ordem de pagamento de R$ 200 mil para “Fodão” na data de 27 de julho de 2010. O arquivo foi criado em 2 de janeiro de 2007 e modificado pela última vez em 8 de novembro de 2010, segundo o perito. Outra planilha afirma que o pagamento dos R$ 200 mil foi efetivado em 3 de agosto de 2010 em Porto Alegre.

Ainda segundo o relatório, uma terceira planilha, “Tradução-07-17-08-17-54”, trazia em uma aba denominada “BJ” – possível referência ao executivo Benedicto Júnior – a vinculação do apelido “Fodão” ao nome de Padilha. De acordo com o perito, os metadados dessa planilha mostram que ela foi criada em junho de 2006 e modificada pela última vez em julho de 2008, quase seis anos antes do início da Lava-Jato.

Segundo outro relatório, de 27 de julho, o arquivo “programações semanais-2010” também mostra sete ordens de pagamento para “Babel” em 2010, para serem realizados em Salvador. A primeira delas, de R$ 155 mil, por exemplo, indica “Obra: Tabuleiros Litorâneos”.

Na outra planilha, “Tradução-07-17-08-17-54”, o codinome “Babel” está associado a “Gedel V. Lima”. Outros arquivos apontam ainda repasses atribuídos a Padilha por meio dos codinomes “Primo”(R$ 4,6 milhões em 2008 e 2014) e “Bicuira” (R$ 1,4 milhão em 2010).

 

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https://www.osul.com.br/operacao-lava-jato-confirma-ordens-de-pagamento-da-odebrecht-para-cupula-do-pmdb/ A Operação Lava-Jato confirma a existência de ordens de pagamento da Odebrecht para a cúpula do PMDB 2017-10-22
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