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Brasil Operação Lava-Jato denuncia advogado, ex-presidente e ex-diretora da Braskem por desvios de mais de 1 bilhão de reais em esquema ilegal

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Dinheiro desviado dos valores de contratos ilícitos era utilizado para pagamento de propinas. (Foto: Reprodução da TV)

O ex-presidente da Braskem Carlos José Fadigas de Souza Filho, a ex-diretora financeira da empresa Marcela Aparecida Drehmer Andrade e o advogado José Américo Spínola foram denunciados por integrar um esquema ilegal responsável por desvios avaliados em mais de R$ 1,1 bilhão, com fraudes em contratos.

A denúncia foi feita pelo Núcleo Lava Jato do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPF-PR) à Justiça Federal.

O Ministério Público Federal (MPF-PR) pediu a condenação de Souza Filho, que possui acordo de colaboração premiada, por organização criminosa, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

No texto, os procuradores denunciaram Marcela Andrade por organização criminosa e evasão de divisas, e o advogado José Spínola foi denunciado por organização criminosa.

De acordo com a denúncia, os crimes foram registrados entre os anos de 2006 e 2014. O esquema do qual os três denunciados faziam parte desviou neste período cerca de US$ 27 milhões por ano, o que, na soma, chega a US$ 216 milhões, conforme os procuradores.

O dinheiro desviado dos valores de contratos ilícitos, segundo o MPF-PR, era enviado para contas da empresa no exterior e, depois, era utilizado para fins ilegais, como pagamento de propinas.

Denúncia

O MPF aponta na denúncia que o grupo investigado agia de forma organizada, com divisão de tarefas, com o objetivo de garantir vantagens e maiores lucros em contratos ao grupo Odebrecht, incluindo a Braskem.

Os investigados, segundo a denúncia, formalizavam contratos falsos de comissão para agentes de exportação e importação pelas empresas Planner, Hatched e Worldwide. Com os contratos, o dinheiro era enviado ilegalmente ao exterior.

Os valores desviados eram enviados ao Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, que o direcionada para pagamentos ilícitos, segundo o Ministério Público.

Atuação dos investigados

Carlos José Fadigas de Souza Filho, enquanto presidente da Braskem, conforme a denúncia, manteve o esquema de caixa 2 na empresa, com a participação do advogado Spínola e da ex-diretora Marcela Drehmer.

O então presidente da empresa, de acordo com os procuradores, direcionou pagamentos de pelo menos R$ 10 milhões, em 2011, a Paulo Roberto Costa, que era diretor de Abastecimento da Petrobras e a agentes políticos, para que eles favorecessem a Braskem e, assim, Carlos Fadigas pudesse se manter no cargo.

O advogado Spínola, conforme o MPF, foi responsável por fazer assessoria jurídica ao esquema, diante dos documentos ilegais emitidos para abertura de empresas de fachada, que eram usadas para abrir as contas bancárias e fechar negócios falsos ou superfaturados, que embasavam as ações do grupo.

Marcela Drehmer era responsável por dirigir e supervisionar as ações dos integrantes do grupo, conforme apontado pela denúncia, que destaca que ela repassava ao então presidente os resultados do esquema.

Em 2013, ao migrar para a Odebrecht, segundo os procuradores, ela ampliou o controle e a organização financeira do dinheiro destinado ao setor de pagamentos ilícitos do grupo. A ex-diretora foi denunciada por atuar na conciliação das informações do grupo, em contato direto com Marcelo Odebrecht.

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