Sexta-feira, 29 de março de 2024
Por Redação O Sul | 21 de julho de 2018
A antiga teoria da conspiração de que as vacinas servem para controlar a população ainda continua sendo uma barreira para a saúde. Essa informação errada, junto com outras mentiras, que ganharam ainda mais fôlego na onda de fake news (notícias falsas) pela internet, preocupa o governo com relação à adesão das vacinas: em 312 municípios, menos 50% da população está imunizada. Por precaução, o Ministério da Saúde lançou alerta contra a enxurrada de informações enganosas pedindo que os órgãos de saúde intensifiquem as campanhas.
Sobre as fake news, a Fiocruz avisa: “Antes de compartilhar uma informação que possa causar pânico desnecessário e confundir, certifique-se que vem de uma fonte oficial. Saúde Pública é coisa séria”. Em 2017, o Ministério da Saúde recebeu mais de 2,2 mil alertas de notícias no meio digital para serem analisadas. Este ano, até então, foram mais de mil.
A vacina é indispensável para que haja o controle de doença epidemiológica, e, devido a isso, a recomendação é que, no mínimo, 95% da população esteja vacinada. O problema é que as pessoas acabam ficando confusas com a quantidade de controvérsias nas informações, e passam a questionar a eficácia da imunização.
Para doenças erradicadas, o protocolo é o mesmo. Elas só deixam de circular devido à imunização social, e é por isso que a baixa cobertura vacinal é uma disfunção generalizada, pois permite que haja uma abertura para o retorno de doenças que já não estavam mais alastradas, como o caso do sarampo.
A recomendação do Ministério do Saúde sobre notícias duvidosas é que se procure embasamento científico ou peça ajuda de um profissional para sanar dúvidas. No site da instituição (portalms.saude.gov.br) estão disponíveis cartilhas de orientação sobre a imunização.
Para identificar fake news, especialistas dão algumas pistas: são notícias vagas, alarmistas, sem fontes citadas e com informações contraditórias.
Equipe de monitoramento
Por meio de nota, a pasta informou que conta com uma equipe de monitoramento responsável por analisar as principais notícias de saúde no meio digital, tanto em portais de notícias quanto nas redes sociais. Em 2017, foram recebidos mais de 2,2 mil alertas. Este ano, até o momento, foram mais de mil.
“Todos eles são analisados pela assessoria de comunicação e, caso necessário, é realizada uma intervenção ativa para esclarecer o posicionamento do Ministério da Saúde”, informou a pasta, por meio de nota.
De acordo com o ministério, uma publicação esclarecendo que não existe o subtipo H2N3 do vírus influenza no Brasil – boato que circulou nas redes sociais e grupos de aplicativos de mensagens no início do mês de abril – registrou 22.030 compartilhamentos, 1.580 comentários, 11.890 reações (curtidas e afins) e alcançou 2,2 milhões de pessoas, na página oficial da pasta no Facebook.