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Brasil Os alimentos e as bebidas foram os vilões da inflação no Brasil no ano passado

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O grupo alimentos e bebidas foi o vilão da inflação em 2019. (Foto: Marcos Nagelstein)

O grupo alimentos e bebidas foi o vilão da inflação em 2019. A alta no custo de vida, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi puxada pelas carnes, cujos preços dispararam no mercado interno, em consequência do aumento das exportações para a China e da desvalorização do real. Com isso, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA, até 40 mínimos) subiu 1,15% em dezembro, o maior salto para o mês desde 2002, e fechou o ano em 4,31%, ligeiramente acima do centro da meta, de 4,25%. Apesar disso, a inflação se manteve dentro do limite de variação de 1,5 ponto percentual, para cima ou para baixo, definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN)

Somente o grupo de produtos de alimentação subiu 6,36% no ano passado. “O destaque ficou com as carnes, com variação acumulada no ano de 32,40%, e aumento concentrado no último bimestre (27,61%). Pesaram também os planos de saúde (8,24%) e a alimentação fora do domicílio”, disse o gerente do IPCA, Pedro Kislanov.

Dos nove grupos de despesa, apenas o de artigos de residência baixou de preço (-0,36%) em 2019. Os demais tiveram alta: habitação (3,9%), vestuário (0,74%), transportes (3,57%), saúde e cuidados pessoais (5,41%), despesas pessoais (4,67%), educação (4,75%) e comunicação (1,07%).

O pico da inflação não chega a assustar. Mas a situação do pessoal de baixa renda tende a se agravar, já que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC, que mede o custo de vida das famílias com renda até cinco salários mínimos) teve alta acumulada de 4,48% no ano passado, ficando acima do reajuste do piso salarial, de 4,1%.

Combustíveis

“O governo não deve fazer nova correção no mínimo, pela necessidade de ajuste nas contas públicas. Até porque um dos motivos do pico foi o aumento do dinheiro em circulação pela liberação do FGTS. Um reajuste agora pioraria ainda mais a inflação”, disse George Sales, professor de Finanças do Instituto Brasileiro do Mercado de Capitais (Ibmec-SP).

Sandra Peres, analista da Terra Investimentos, destacou que o mercado está de olho no preço dos combustíveis, que podem subir, caso o conflito entre Estados Unidos e Irã se agrave. “A princípio, não se espera uma guerra. Assim, a expectativa é de que a inflação, em 2020, fique abaixo da registrada esse ano. A preocupação é que não haja interferência do governo na Petrobras para controlar os preços”, afirmou.

Victoria Santos Jorge, economista da Ativa Investimentos, acredita que, em janeiro, os preços baixarão e a inflação recuará. “Os transportes não vão ter peso significativo. Pelo menos duas cidades, Vitória (ES) e Campo Grande (MS), já recuaram do reajuste das tarifas de ônibus”, explicou.

Em dezembro, além da carne, outros produtos com forte influência no IPCA aumentaram e preço “Os destaques foram os combustíveis (3,57%) e as passagens áreas, que subiram 15,62% no mês. Os jogos de azar (12,88%) também, em função do reajuste nos preços das loterias”, disse Kislanov. O INPC ficou igualmente salgado (1,22%), com o pior resultado em 17 anos.

No dia a dia, a população sentiu o impacto do custo de vida. Até o sonho de enriquecer ficou prejudicado. O comerciante José Honorato da Silva, 55, joga há 40 anos e já chegou a desembolsar R$ 150 por mês. “A inflação causa isso. Quem jogava 10 volantes, agora aposta bem menos. Não vale a pena gastar horrores”, frisou Silva, que já ganhou R$ 15 mil em uma quadra da Quina, há 10 anos.

Pessoas na terceira idade estão entre as mais afetadas pelos aumentos nos planos de saúde e nos medicamentos. O servidor dos Correios Sérgio Eduardo, 60, abriu mão de outros itens para garantir o bem-estar. “Cortei supérfluos, deixei o carro na garagem e ando de ônibus e de metrô. Mas com o aumento da passagem, não será mais suficiente”, lamenta. O convênio médico do servidor, compartilhado com a empresa, subiu de 20%. “A saúde vem em primeiro lugar. Me sacrifico para pagar o plano”, disse.

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