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Mundo Os arquivos secretos de Bin Laden

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Documentos confiscados revelam obsessão com ataques aos EUA e lado amoroso de Bin Laden com a família. (Crédito: Reprodução)

A CIA (agência de inteligência dos Estados Unidos) liberou 103 documentos encontrados, em 2011, no local onde Osama bin Laden se escondia e foi morto no Paquistão. O terrorista saudita queria que a al-Qaeda parasse de se preocupar com disputas regionais e se focasse em matar americanos. Ele debatia táticas, tinha enorme preocupação com a espionagem americana e ainda criava formulários como um autêntico diretor de recursos humanos.

“O foco deveria estar em matar e combater o povo americano e seus representantes”, escreveu Bin Laden em uma carta encontrada pelos Seals da Marinha e entregue à CIA. “Deveríamos parar com ataques contra o Exército e a polícia no Oriente Médio, especialmente no Iêmen.”

“À época de sua morte, Bin Laden queria operações em larga escala, enquanto outros líderes acreditavam que operações menores, como ataques de lobos solitários, teriam mais sucesso para fazer o Ocidente sofrer”, disse um analista da CIA sob anonimato.

Outras cartas mostram um apelo de Bin Laden aos americanos, criticando o governo do ex-presidente dos EUA George W. Bush por insistir em uma guerra na qual “os próprios soldados estão cometendo suicídio”. A Direção de Inteligência Nacional também divulgou um vídeo com uma de suas cartas sendo lida.

Um dos materiais apreendidos é um modelo de formulário que o próprio Bin Laden utilizava para recrutar novos terroristas. Algumas perguntas eram “Deseja executar uma operação suicida? A quem devemos contatar caso você se converta em um mártir? Você foi educado pela sharia? Quantas vezes esteve no Paquistão? Hobbies? Ciência ou literatura? Você tem familiares que trabalham para o governo e querem cooperar conosco?”.

As correspondências mostram que Bin Laden era extremamente preocupado com sua segurança. Com medo de ataques por drones contra lideranças da al-Qaeda, ele pedia que o grupo não se comunicasse pela internet. Bin Laden também pediu que a al-Qaeda preparasse uma campanha midiática para comemorar os dez anos dos atentados de 11 de setembro de 2001.
Entre outras revelações pela inteligência americana, o terrorista lia livros sobre teorias da conspiração diante do 11 de setembro. Autores em sua prateleira incluíam o linguista Noam Chomsky e o jornalista Bob Woodward, que revelou o escândalo de Watergate. Ele acompanhava publicações sobre a política externa americana e até sobre os illuminati, segundo documentos.

Em uma carta recebida, seu filho Hamza, 22 anos, escrevia que estava pronto para se juntar à jihad após passar por treinamentos com explosivos. Ele seria o filho preferido de Bin Laden, segundo a CIA. A vida pessoal de Bin Laden também é revelada. Em algumas das cartas, se mostra um amante apaixonado por suas mulheres – e alerta uma delas contra uma possível inserção de um aparelho de espionagem durante um tratamento dentário.

O material foi divulgado dias depois de o premiado jornalista americano Seymour Hersh afirmar que a Casa Branca mentiu sobre a morte de Bin Laden, alegando que o Paquistão sabia de sua localização.

Congressistas da oposição questionavam a demora do governo e da CIA em liberar documentos. A Casa Branca alegou que o conteúdo precisava ser revisado antes da publicação. “A divulgação dos documentos segue um padrão rigoroso pelas agências do governo e se alinha ao pedido do presidente [Barack ] Obama por aumento na transparência consistente com as prerrogativas da segurança nacional”, declarou o órgão.

Os EUA decidiram não tornar pública a coleção de pornografia encontrada no esconderijo de Bin Laden. A declaração foi dada após a liberação dos documentos. “Não temos planos de divulgar esse material. De acordo com a natureza desse conteúdo, a decisão foi de mantê-lo em sigilo”, disse Brian Hale, porta-voz da Direção de Inteligência Nacional.  (AG)

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https://www.osul.com.br/os-arquivos-secretos-de-bin-laden/ Os arquivos secretos de Bin Laden 2015-05-21
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