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Mundo Os Estados Unidos começaram a aplicar tarifas sobre os bens chineses

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Os presidentes Donald Trump, dos EUA, e Xi Jinping, da China: países em guerra comercial. (Foto: Reprodução)

O governo americano começou a aplicar tarifas de 10% sobre novos bens importados da China por US$ 200 bilhões (R$ 814 bilhões), em mais um passo na guerra comercial entre ambas as potências que ameaça o crescimento econômico mundial. As tarifas entraram em vigor no primeiro minuto desta segunda-feira (1h01min, no horário de Brasília). A expectativa é que Pequim responda quase imediatamente, com tarifas de importação de 5% ou 10% sobre produtos americanos, por US$ 60 bilhões (R$ 244 bilhões).

A troca de tarifas punitivas entre as maiores economias do mundo começou em julho, quando foram impostas, reciprocamente, tarifas de 25% a mercadorias, na ordem de US$ 50 bilhões (R$ 203,5 bilhões). Nesse contexto, a China acusou os Estados Unidos, nesta segunda (24), de lançarem falsas acusações sobre comércio para intimidar outros países, enquanto se intensifica a briga pelas tarifas entre os dois gigantes mundiais.

Os Estados Unidos fizeram uma série de acusações falsas e usam o aumento das tarifas e outros meios de intimidação econômica, para tentarem impor seus próprios interesses na China pela via de uma pressão extrema, diz o governo chinês em um documento sobre as tensões econômicas e o comércio com Washington. O informe acusa o presidente americano, Donald Trump, de minar anos de esforços para aproximar os dois países.

“Desde que o novo governo americano assumiu suas funções em janeiro de 2017, sob o lema ‘America First’, renunciou aos princípios fundamentais das trocas comerciais, como o respeito mútuo e as consultas com base na igualdade, para adotar o unilateralismo, protecionismo e a hegemonia econômica”, aponta o documento.

No domingo (23), o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, garantiu à rede Fox que seu país venceria a guerra comercial. A China elaborou uma lista de 5.200 bens americanos com tarifas entre 5% e 10% que incluem produtos-chave para os Estados Unidos, como gás natural liquefeito, eletrônicos, couro e preservativos.

Fase três

Trump agora ameaça passar para a “fase três” da guerra comercial, com tarifas sobre produtos por um valor adicional de 267 bilhões de dólares, isto é, todos os bens que os Estados Unidos compram da China. Neste contexto, a esperança de resolver o conflito diminui cada vez mais. O “Wall Street Journal” informou que Pequim cancelou uma visita de sua equipe de negociação a Washington, marcada para 27 e 29 de setembro. As últimas negociações, em agosto, não avançaram.

O FMI (Fundo Monetário Internacional) alertou na semana passada que o confronto comercial entre a China e os Estados Unidos poderia ter um “impacto significativo” nas duas economias. E a agência de classificação financeira Ficht cortou sua estimativa de crescimento econômico na China para 2019. A nova ofensiva contra as importações chinesas têm como alvo, entre outros, receptores de voz digital, módulos de memória, processadores e fotocopiadoras.

No entanto, Washington teve de remover de sua lista inicial cerca de 300 tipos de produtos – como relógios inteligentes, dispositivos bluetooth, assentos de automóveis e boosters para crianças, ou capacetes de bicicleta – em razão das reclamações de empresas como Walmart e Apple.

O Walmart alertou que, se mais tarifas forem impostas aos produtos chineses, não terá escolha a não ser aumentar os preços em suas lojas. As autoridades americanas insistiram em que a aplicação gradual das tarifas dará às empresas tempo para encontrar novos fornecedores.

Os analistas, que acusam os Estados Unidos de lançar “a maior guerra comercial da história”, acreditam que Pequim pode adotar medidas mais duras contra as empresas americanas na China, ou restringir as exportações de produtos cruciais.

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https://www.osul.com.br/os-estados-unidos-comecaram-a-aplicar-tarifas-sobre-os-bens-chineses/ Os Estados Unidos começaram a aplicar tarifas sobre os bens chineses 2018-09-24
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