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Por Redação O Sul | 3 de julho de 2019
Tanques de batalha foram vistos em um trem em Washington nesta terça-feira (2), antes da controversa comemoração de 4 de julho, o Dia da Independência nos EUA, promovida pelo presidente Donald. Democratas criticam o evento, afirmando que Trump pode transformá-lo em um ato de campanha por sua reeleição no pleito de 2020.
Em meio a questões sobre o custo e o tom do evento, autoridades da Casa Branca disseram que Trump evitará a política e vai se ater a temas patrióticos em seu discurso em frente ao Lincoln Memorial, em Washington, na quinta-feira (4).
A agência de notícias Reuters fotografou tanques M1 Abrams e outros veículos blindados em cima de vagões planos em Washington na manhã de terça-feira, um sinal do poder de fogo militar que será apresentado, diferindo significativamente das celebrações anuais da independência.
Durante décadas, os presidentes dos EUA mantiveram perfil discreto durante o evento, que normalmente atrai centenas de milhares de pessoas ao National Mall, em Washington, para um concerto não partidário e fogos de artifício.
Neste ano, Trump planeja falar em uma “saudação militar à América”, que contará com bandas militares e sobrevoos dos Blue Angels e Air Force One, o Boeing 747 modificado que transporta os presidentes dos EUA.
O evento também pode contar com tanques de batalha M1 Abrams, um bombardeiro B-2, caças F-35 e F-22, e o helicóptero Marine One, que transporta o presidente, disse o Pentágono.
O tráfego aéreo nas proximidades do aeroporto Ronald Reagan será suspenso durante os sobrevoos e os fogos de artifício, de acordo com a Administração Federal de Aviação.
O grupo antiguerra Code Pink disse que conseguiu autorização para trazer um balão “bebê Trump”, representando o presidente em fraldas, para um protesto durante seu discurso.
Democratas no Congresso questionaram se Trump transformará uma celebração patriótica apartidária em uma manifestação financiada pelo contribuinte.
“Isso é absolutamente ridículo. Trata-se de uma saudação aos Estados Unidos. O presidente não vai se tornar político”, disse o porta-voz da Casa Branca, Hogan Gidley, à Fox Business Network.
Em 18 de junho, Trump lançou oficialmente sua campanha em 2020 para buscar um segundo mandato de quatro anos. Mais de 20 democratas estão em campanha pela indicação de seu partido para concorrer contra Trump.
O governo não revelou o custo da comemoração. O Pentágono adiou uma parada militar planejada para novembro do ano passado, depois de estimar que poderia custar US$ 90 milhões.
“É inaceitável que o Departamento do Interior não informe o Congresso sobre como pretende gastar dinheiro dos contribuintes para financiar os pródigos planos do presidente para o 4 de julho, que incluem acesso especial ao National Mall para os politicamente conectados”, disse o senador democrata Tom Udall, em um comunicado.
Uma seção VIP instalada perto do Memorial Lincoln estará aberta a autoridades do governo e legisladores, segundo um funcionário da Casa Branca que pediu anonimato. Em anos anteriores, funcionários do governo e outros VIPs assistiram aos fogos de artifício do gramado da Casa Branca.