Quarta-feira, 05 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 23 de julho de 2020
Os casos de coronavírus nos Estados Unidos estavam se aproximando dos 4 milhões nesta quinta-feira (23), e o país tem tido mais de 2.600 casos novos por hora em média, a taxa mais alta do mundo, de acordo com uma contagem da Reuters.
As infecções se aceleraram rapidamente nos EUA desde que o primeiro caso foi detectado no dia 21 de janeiro. O país demorou 98 dias para chegar a 1 milhão de casos, outros 43 dias para chegar a 2 milhões e depois 27 dias para alcançar 3 milhões – mas só demorou 16 dias para chegar a 4 milhões a um ritmo de 43 casos novos por minuto.
O governo federal, governadores estaduais e líderes municipais divergiram diversas vezes quanto à melhor maneira de combater a pandemia, o que provocou um emaranhado confuso de regras a respeito de questões como o uso de máscaras em público e o momento da reabertura dos negócios.
O presidente dos EUA, Donald Trump, mudou de tom recentemente. Antes relutante em usar máscaras, nesta semana ele incentivou os norte-americanos a fazê-lo e há pouco apareceu em público com uma pela primeira vez.
Impacto da pandemia
Dos 20 países com os maiores surtos, os EUA estão em segundo lugar em casos per capita — 120 infecções para cada 10 mil habitantes —, só ficando atrás do Chile.
Com mais de 143 mil mortes, ou 4,4 para cada 10 mil habitantes, os EUA estão no sexto lugar do ranking mundial de maior número de fatalidades per capita, perdendo para Reino Unido, Espanha, Itália, Chile e França.
Globalmente, a taxa de infecções novas não mostra sinal de desaceleração, e a doença se dissemina mais rápido nos EUA e na América do Sul, segundo a contagem da Reuters, que se baseia em relatórios oficiais.
O Brasil registrou um novo recorde diário de casos confirmados de coronavírus na quarta-feira (22), colocando o total de casos confirmados da América Latina acima dos 4 milhões.
O Brasil ainda tem o segundo maior surto do mundo mais de 2,2 milhões de pessoas foram diagnosticadas e mais de 84 mil já morreram.
A Índia, a única outra nação com mais de 1 milhão de casos, relatou quase 40 mil casos novos na quarta-feira.
Preço global
O governo dos Estados Unidos criou um referência para o preço de uma vacina contra Covid-19 em um acordo de US$ 2 bilhões com a Pfizer Inc e a empresa de biotecnologia alemã BioNTech SE, anunciado na quarta-feira, que provavelmente pressionará outras farmacêuticas a estabelecerem preço semelhantes, disseram analistas da indústria à Reuters.
O acordo, que depende de um produto aprovável, garante vacinas suficientes para se inocular 50 milhões de norte-americanos por cerca de 40 dólares por pessoa, aproximadamente o custo de uma vacina antigripal, e é o primeiro a oferecer um vislumbre do preço provável de vacinas contra Covid-19 bem-sucedidas.
Permite também que algumas farmacêuticas lucrem com seus esforços para proteger as pessoas do vírus que já matou cerca de 620 mil pessoas em todo o mundo – quase um quarto delas nos EUA.
Diferentemente do que acontece em outros acordos de vacina assinados pelo governo, a Pfizer e a BioNTech não serão pagas até sua vacina se mostrar segura e eficaz em um grande teste clínico essencial que deve começar neste mês.
O governo dos EUA, como outros, já havia firmado acordos para apoiar o desenvolvimento de vacinas contra Covid-19, alguns dos quais incluem entregas garantidas de doses, mas este é o primeiro a delinear um preço específico para produtos finalizados.