Sexta-feira, 19 de abril de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil Os haitianos são a maioria dos imigrantes no mercado de trabalho formal brasileiro

Compartilhe esta notícia:

A imigração de haitianos foi um fenômeno que começou a ocorrer no Brasil principalmente após 2010, quando um terremoto devastou o país caribenho. (Foto: Joel Silva/Folhapress)

Os haitianos são os imigrantes com maior presença no mercado de trabalho formal brasileiro, de acordo com a Rais (Relação Anual de Informações Sociais) do Ministério do Trabalho. Dos 115.961 trabalhadores estrangeiros contratados formalmente no Brasil em 2016 – dado mais recente –, 26.127 pessoas eram originárias do Haiti, o que representa 22,53% do total.

O número já foi maior. Em 2015, o auge dos haitianos no Brasil, eles chegaram a somar 34.224 trabalhadores formais.  O ministro do Trabalho em exercício, Helton Yomura, disse que a imigração de haitianos foi um fenômeno que começou a ocorrer no Brasil principalmente após 2010, quando um terremoto devastou o país caribenho. No entanto, a crise econômica vivida pelo Brasil após 2014 encerrou essa tendência. “Essa diminuição no fluxo imigratório não ocorreu apenas com os haitianos. Outras nacionalidades também diminuíram seu contingente após a crise brasileira”, explicou.

Em segundo lugar na lista dos trabalhadores vindos de outros países para o Brasil estão os portugueses, com 9.088 vínculos, que antes da vinda dos haitianos ocupavam sempre a primeira colocação na lista de imigrantes no Brasil. “A forte presença de trabalhadores portugueses no Brasil é histórica, decorrente dos laços socioeconômicos que se formaram entre essas duas nações desde a época da colonização e que continuam na atualidade. Lembremos que o Brasil é a maior nação lusófona no mundo, o que fortalece sua atração junto aos demais estados lusófonos, como o próprio Portugal”, ponderou Yomura.

As três nacionalidades seguintes na lista de trabalhadores imigrantes no mercado formal brasileiro são de países latino-americanos: Paraguai (7.953), Argentina (7.354) e Bolívia (6.427). Com exceção dos paraguaios, que apresentaram um leve crescimento da presença no mercado formal brasileiro, todos os demais tiveram quedas, apesar de muito pequenas. “A presença considerável de nacionalidades latino-americanas no total de trabalhadores imigrantes deve-se à importância da economia brasileira na região, respondendo por cerca de 40% do PIB regional. Essa característica regional torna o Brasil um polo de atração natural para os trabalhadores da América Latina em busca de oportunidades”, acrescentou o ministro em exercício.

Os venezuelanos aparecem na 19ª posição da lista, com 1.293 vínculos. Apesar de pequeno, o número não surpreende, pois o forte da imigração da Venezuela para o Brasil ocorreu em 2017, que terá os resultados medidos apenas em 2018. Independentemente da baixa presença dos venezuelanos, os latino-americanos representam quase um terço dos imigrantes no mercado formal brasileiro.

Do total de vínculos de pessoas vindas de outros países, 42.211 são de estrangeiros originários da América Latina. Em segundo lugar está a América Central e Caribe, principalmente por causa do Haiti, seguida por Europa, Ásia, África e América do Norte.

Yomura lembra que o Brasil é um dos países mais acolhedores do mundo em relação aos imigrantes e que isso se reflete no mercado de trabalho. “Somos um país privilegiado porque não temos aqueles conflitos por causa de religião e de etnia como ocorre em outros países. E isso faz com que sejamos referência para muitos imigrantes”, afirmou.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Lista de offshores de brasileiros em paraísos fiscais é apreendida
A Mega-Sena pode pagar R$ 48 milhões neste sábado
https://www.osul.com.br/os-haitianos-sao-maioria-entre-os-imigrantes-no-mercado-de-trabalho-formal-brasileiro/ Os haitianos são a maioria dos imigrantes no mercado de trabalho formal brasileiro 2018-02-02
Deixe seu comentário
Pode te interessar