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Mundo Os hospitais públicos da Venezuela já estão até com falta de sangue

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O Banco de Sangue fica na Rua São Manoel, 543 - 2º andar. (Foto: Banco de dados/O Sul)

Nunca foi tão mortífero ficar doente na Venezuela. Medicamentos – de antibióticos a drogas de quimioterapia – têm ficado cada vez mais escassos. Hospitais públicos pedem às famílias dos pacientes que lhes forneçam lençóis e seringas. Portadores de HIV têm passado meses sem remédios e transplantados têm morrido por falta de imunossupressores. As informações são do jornal norte-americano The Washington Post.

Agora, o país vive a escassez de uma das necessidades médicas mais básicas: o sangue. No fim do ano passado, a crise na saúde fez com que o sangue disponível para transfusões e cirurgias chegasse a níveis críticos nos hospitais públicos.

Fila

Entre janeiro e fevereiro, afirmam os trabalhadores da área, a escassez paralisou as atividades da maioria dos bancos de sangue públicos, obrigando pacientes a aguardar na fila por procedimentos urgentes. Os médicos passaram a aconselhar as famílias a tentarem adquirir sangue processado em clínicas particulares.

O problema, segundo os médicos, não é tanto a falta de doadores, mas, principalmente, a falta dos sete reagentes que servem para testar o sangue doado para detectar infecções.

Esses reagentes, que são importados pelo governo para distribuição nos centros públicos de saúde, são negociados em dólar, o que os torna caríssimos na moeda local, o bolívar. Sem os reagentes, o sangue doado não pode ser usado.

Esta semana, os pacientes venezuelanos tiveram uma rara boa notícia: um estoque de reagentes, quantidade suficiente para dois meses, chegou à maioria dos hospitais públicos venezuelanos, após o Ministério de Saúde e o Instituto de Seguridade Social importarem as substâncias.

Soluções de curto prazo

A Organização Pan-Americana da Saúde afirmou que um outro carregamento doado de reagentes será enviado para a Venezuela nas próximas semanas e deverá abastecer o país por mais um mês. Os médicos, porém, qualificam essas entregas como soluções de curto prazo para um problema de longo prazo.

Sangue à venda

Para piorar, nem todas as clínicas particulares têm vendido sangue para as famílias dos pacientes internados no sistema público de saúde. Algumas reservam o material para os próprios pacientes – a não ser que os bancos de sangue públicos as acionem diretamente e ofereçam outras substâncias em troca dos reagentes. Seja como for, para muitos pacientes, o sangue tem chegado tarde demais.

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https://www.osul.com.br/os-hospitais-publicos-da-venezuela-ja-estao-ate-com-falta-de-sangue/ Os hospitais públicos da Venezuela já estão até com falta de sangue 2018-03-09
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