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Brasil Os ministros da Agricultura e do Meio Ambiente divulgaram um vídeo em que aparecem dançando com índios agricultores

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Ricardo Salles e Tereza Cristina (ambos no centro) visitaram tribo no Mato Grosso. (Foto: Reprodução)

Nessa quinta-feira, os ministros Ricardo Salles (Meio Ambiente) e Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) protagonizaram uma cena cujo vídeo repercutiu nas redes sociais: em visita à Cooperativa Agropecuária dos Povos Indígenas Haliti-Paresis, Nambikwara e Manoki, no Mato Grosso, ele aparece usando cocar e dançando com os índios, acompanhado da colega e do governador Mauro Mendes.

Salles já havia publicado em sua conta no Twitter, no dia anterior, uma foto em que também aparece com o adereço sobre a cabeça, durante a Festa da Colheita do Povo Pareci. “Os índios plantam e produzem com muita competência, demonstrando que podem se integrar ao agro sem perder suas origens e tradições”, escreveu ele na postagem.

A visita ao Povo Pareci, considerada estratégica pelo governo federal, faz parte de um objetivo de afrouxar a intervenção do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e da Funai (Fundação Nacional do Índio) no arrendamento de terras indígenas para o setor agrícola.

No mês passado, poucas semanas após assumir o cargo, do titular da pasta do Meio Ambiente chegou a afirmar que há “excesso de ingerência” das duas instituições em autuações ambientais e fiscalizações. Na mesma ocasião, mencionou a produção de soja dos parecis, que haviam sido multados por plantar grãos transgênicos sem prévia solicitação de licenciamento.

A Funai aponta que esse povo indígena, formado por cerca de 2 mil indivíduos, semeou mais de 8 mil hectares de soja na safra 2018/2019. Além disso, as suas tribos cultivam milho, batata, batata-doce, abóbora, feijão e outros produtos há pelo menos cinco anos.

O objetivo do Primeiro Encontro Nacional de Grupo de Agricultores Indígenas, em Campo Novo do Parecis, a quase 400 quilômetros da capital Cuiabá, é obter apoio das autoridades para que as plantações sejam legais. Em 2015, representantes dos parecis estiveram em Brasília para fazer tal reivindicação.

“Durante esses dias, lideranças indígenas estão reunidas na elaboração de um documento com reivindicações, como a criação de um Centro de Capacitação, que será entregue aos ministros e ao diretor da Funai”, informou a direção do órgão.

O diretor de Promoção ao Desenvolvimento Sustentável da Funai, Fernando Melo, representantes da Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso) e da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) também participaram do evento.

Polêmica

Conforme um levantamento realizado pela Funai, ao menos 22 áreas indígenas brasileiras são exploradas ilegalmente por produtores, que pagam “mensalidade” a índios ou dividem a produção colhida e o lucro da venda, a fim de estabelecer plantações para colheita e criação de gado. A área total arrendada ilegalmente chega a 3,1 milhões de hectares.

O povo Pareci produzia em parceria com agricultores, de maneira legal, e acabou fazendo um TAC (Termo de Ajuste de Conduta) para que pudesse trabalhar de forme independente.

A cartilha de licenciamento ambiental da Funai tem como objetivos “assegurar a proteção ambiental das terras indígenas, estabelecer diretrizes e garantir a participação das comunidades indígenas durante todo o processo de licenciamento ambiental”.

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