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Política Os ministros do Supremo consideram que Sérgio Moro será declarado parcial ao julgar Lula

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Parcialidade de Moro é julgada pelo Supremo. (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Os ministros do Supremo já dão como certa a vitória de Lula no julgamento da parcialidade de Sergio Moro, que será marcado nas próximas semanas por Gilmar Mendes, na Segunda Turma do tribunal.

Além de Mendes, deverão votar a favor de Lula e contra Moro os ministros Ricardo Lewandowski e Kassio Nunes Marques. Cármen Lúcia e Edson Fachin devem sair derrotados.

Mendes não tem escondido a alegria com a derrota de Moro, seu principal desafeto nos últimos anos, e tem dito que a decisão deve abrir espaço para uma série de revisões criminais da Lava-Jato.

Mensagens

Trechos de mensagens obtidas pela operação Spoofing, que investiga o vazamento de mensagens de celulares de autoridades, apontam indícios de que a ministra Cármen Lúcia do STF (Supremo Tribunal Federal) orientou membros da operação Lava-Jato a manterem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva preso, em 2018, quando uma ordem do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª região) determinou a soltura do líder petista.

As mensagens constam em uma petição encaminhada ao STF pela defesa do ex-presidente, no processo em que é questionada a isenção do ex-juiz Sérgio Moro, nas denúncias envolvendo Lula.

Nas mensagens anexadas ao documento, Deltan Dallagnol conversa com outros membros da força-tarefa do MPF (Ministério Público Federal), sobre a situação envolvendo a possível libertação de Lula. Segundo a transcrição, ele afirma ter conversado com Cármen Lúcia e diz que a ministra falou com o então ministro da Justiça, Raul Jungmann, orientando para que a ordem do TRF-4 não fosse cumprida.

“Carmem Lúcia ligou pra Jungmann e mandou não cumprir e teria falado tb com Thompson”, disse Deltan. À época, a ministra presidia o STF.

Thompson seria uma referência ao juiz federal Thompson Flores, presidente do TRF-4 à época da decisão que determinou a soltura de Lula. Foi dele quem partiu uma segunda determinação que suspendeu a libertação do ex-presidente. O alvará de soltura havia sido expedido pelo juiz Rogério Favreto.

O MPF em Curitiba disse os procuradores da República que integraram a força-tarefa Lava-Jato não reconhecem o material. “Criminosamente obtido por hackers, que tem sido editado, descontextualizado e deturpado para fazer falsas acusações sem correspondência na realidade“.

A entidade, que responde por Dallagnol, diz que é legítimo e legal que membros do Ministério Público despachem com juízes e desembargadores, como advogados fazem. “Já Juízes têm obrigação de atender as partes e ouvir seus pedidos e argumentos, conforme previsto no Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil“.

Sobre a soltura do ex-presidente Lula, o MPF afirma que a decisão emitida não prevaleceu nos Tribunais, quer quando examinada pelo então relator do caso, quer quando analisada pelo presidente do Tribunal. “É absolutamente natural que membros do Ministério Público busquem a reforma de decisões que reputam ilegais”. E que mesmo que as supostas mensagens tenham ocorrido, elas só demonstram o zelo do Ministério Público em defender o interesse público.

Já a ministra Cármen Lúcia não retornou o contato, assim como o ex-superintendente da Polícia Federal, Maurício Valeixo, também citado nas mensagens.

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https://www.osul.com.br/os-ministros-do-supremo-consideram-que-sergio-moro-sera-declarado-parcial-ao-julgar-lula/ Os ministros do Supremo consideram que Sérgio Moro será declarado parcial ao julgar Lula 2021-03-06
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