Quinta-feira, 08 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 12 de maio de 2018
Os postos de saúde de todo o País funcionam neste sábado (12) durante o chamado Dia D de mobilização contra a gripe. Devem se vacinar idosos a partir de 60 anos, crianças de 6 meses a 5 anos incompletos, trabalhadores da área da saúde, professores das redes pública e privada, povos indígenas, gestantes, puérperas (mulheres até 45 dias após o parto), pessoas privadas de liberdade e funcionários do sistema prisional.
Pessoas com doenças crônicas e outras condições clínicas especiais também devem ser imunizadas. Nesse caso, é preciso apresentar uma prescrição médica no ato da vacinação. Pacientes cadastrados em programas de controle de doenças crônicas do SUS (Sistema Único de Saúde) devem procurar os postos em que estão registrados para receber a dose, sem necessidade de prescrição médica.
A imunização contra a gripe começou no dia 23 de abril e prossegue até 1º de junho. A expectativa do Ministério da Saúde é vacinar 54,4 milhões de pessoas que integram os grupos prioritários. Durante a campanha, serão distribuídas cerca de 60 milhões de doses que protegem contra três vírus do tipo influenza, incluindo o H1N1 e o H3N2.
Porto Alegre
Além do Dia D, todas as unidades de saúde de Porto Alegre com salas de vacina abertas participam da campanha de imunização com horário de atendimento das 8h às 17h, de segunda a sexta-feira. O Centro de Saúde Modelo e a US São Carlos vacinam das 8h às 22h, de segunda a sexta-feira, e a Clínica de Família da Restinga, das 8h às 20h.
A vacina contra a influenza pode ser aplicada junto a outras vacinas ou medicamentos. As contraindicações são para pessoas alérgicas a ovo de galinha e seus derivados e àquelas que tenham histórico de reação anafilática a doses anteriores da vacina. Eventos adversos da imunização costumam ser leves, com tendência a desaparecimento após 48 horas (eritema, aumento da sensibilidade, edema ou dor no local da aplicação, febre menor do que 39ºC, mal estar e mialgia). As vacinas oferecidas pela rede pública são produzidas pelo Instituto Butantã e pelo laboratório Sanofi/Pasteur, da França.
Estado
No Rio Grande do Sul, a campanha foi lançada no Palácio Piratini, em Porto Alegre. Segundo a Secretaria da Saúde, 3,6 milhões de gaúchos fazem parte do público-alvo.
O governador José Ivo Sartori destacou a importância da prevenção. “A vacina é a melhor estratégia disponível para a proteção contra uma série de doenças graves. A gripe é uma dessas doenças que podem ser prevenidas pela vacina ou ter suas graves consequências reduzidas. Os números comprovam isso. Em 2016, o Rio Grande do Sul registrou 1.380 casos e 215 mortes. Em 2017, foram 439 casos registrados e 48 mortes. Este ano, até o início deste mês, houve sete casos registrados e nenhuma morte. Isso é resultado também da imunização”, declarou.
O secretário estadual da Saúde, Francisco Zancan Paz, explicou que a vacina não é só uma proteção pessoal: “Não temos como vacinar toda a população, infelizmente. Mas, vacinando os grupos de risco, reduzimos consideravelmente a circulação do vírus entre a população inteira. Protegemos toda a população.”
Paz também reforçou que a vacina é segura: “Existem boatos, mas a população precisa ficar tranquila. A vacina da gripe não faz mal. As únicas reações que ela pode dar são dor e vermelhidão no local da picada e talvez um pouco de febre. As únicas pessoas que tem restrição são as alérgicas ao ovo”.