Sexta-feira, 03 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 17 de abril de 2021
Pela quarta semana consecutiva, os preços do óleo diesel, gasolina e etanol nos postos do País apresentaram leve retração. A constatação tem por base dados publicados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Conforme o levantamento realizado pelo órgão regulador, o valor médio do diesel ao longo da última semana foi de R$ 4,184 por litro, queda de 0,66% em relação à semana anterior. Com o movimento, a cotação do combustível mais consumido do Brasil atingiu o menor nível desde a semana encerrada no dia 27 de fevereiro.
Na máxima atingida neste ano, após seguidos aumentos que desencadearam ameaças de greves de caminhoneiros e levaram o presidente Jair Bolsonaro a alterar o comando da Petrobras, o diesel atingiu preço médio nos postos de R$ 4,274/litro, em meados de março.
A gasolina, por sua vez, registrou nesta semana preço médio de R$ 5,427 por litro nas bombas, menor patamar desde o início de março, com queda de quase 0,4% na comparação semanal.
Em meados do mês passado, no pico de 2021 até o momento, o litro do combustível havia se aproximado de R$ 5,60, ainda segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.
Essa tendência de queda também continuou sendo vista no etanol hidratado, concorrente direto da gasolina nos postos. De acordo com o levantamento, o biocombustível fechou a semana com preço médio de 3,758 reais por litro, baixa de 1,2% em relação à pesquisa anterior.
Reajuste
O movimento recente de queda nos combustíveis ocorre após a Petrobras ter reduzido por duas vezes seguidas os preços do diesel e da gasolina em suas refinarias – no final de março e no início deste mês. Na última quinta-feira (15), entretanto, a estatal comunicou um novo aumento, aplicado já a partir do dia seguinte.
Com o novo reajuste, o diesel da Petrobras passou a custar R$ 2,76 por litro, enquanto a gasolina foi para R$ 2,64 por litro. Os combustíveis acumulam altas na refinaria de 36% e 43,5% no ano, respectivamente.
A Petrobras defende que seus reajustes buscam seguir os valores de paridade internacional, influenciados por fatores como a cotação do petróleo no mercado externo e a taxa de câmbio.
Os preços nos postos, por outro lado, não acompanham necessariamente e de imediato os valores nas refinarias, e dependem de uma série de fatores, incluindo impostos, mistura de biocombustíveis e margens de distribuição.