Quarta-feira, 26 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 24 de novembro de 2017
Às vezes, motivo de vergonha, às vezes, motivo de orgulho: as pintas dividem opiniões. Ostentadas por personalidades como Angélica e Sabrina Sato, as marcas na pele são normais, mas é preciso ficar atento às formas como elas aparecem. As informações são do jornal Extra.
Uma pinta nova não significa um problema. Nascemos com algumas delas, e outras vão surgindo com o passar do tempo. Na velhice, elas podem até sumir. O que demanda atenção é o que especialistas chamam de “ABCD das pintas”. Ao identificar esses padrões, é preciso procurar um dermatologista para investigar as causas.
Com a maior exposição ao sol, devido ao período de verão e férias, é preciso tomar mais cuidado.
“Nos períodos de sol, devemos prestar mais atenção, pois as pintas podem se modificar e se transformar em melanoma, um tipo de câncer de pele perigoso”, diz a dermatologista Michele Haikal.
É nesse período também em que surgem as sardas: pequenas manchinhas na pele.
“A tendência é que elas apareçam em peles muito claras, que se agravam com a exposição solar, por causa do excesso de radiação UV”, explica o dermatologista Murilo Drummond.
Segundo os especialistas, é preciso evitar a exposição ao sol entre 10h e 16h, além de usar protetor solar todos os dias, até mesmo nos nublados e chuvosos.
Ter um acompanhamento dermatológico é fundamental para diagnosticar precocemente um problema de pele causado por pintas ou sardas irregulares.
“Podemos fazer um mapeamento com dermatoscópio. A partir daí, conseguimos retirar as pintas perigosas, sem necessidade de cortar aquelas que não apresentam perigo”, explica Drummond.
ABCD das pintas
– A de Assimetria – As pintas precisam ter os lados simétricos, ou seja, com o mesmo desenho. Se você dividir imaginariamente uma pinta em quatro partes, como se fosse uma pizza, e um dos lados não for simétrico, é preciso pedir ajuda.
– B de Borda – As bordas das pintas precisam ser regulares e delimitadas. É preciso saber identificar exatamente onde a pinta começa e acaba.
– C de Cor – A pinta só pode ter uma cor. Ao identificar que uma mesma pinta apresenta múltiplas cores, como preta, marrom e vermelha, procure um dermatologista.
– D de Diâmetro – O tamanho da pinta não pode ultrapassar 6 milímetros. Fique atento ao tamanho das suas.
Depoimento
“Há 35 anos participo de uma atividade de vôlei na Praia de Ipanema. Sou de uma época em que não se passava protetor solar. Tenho uma pele muito clara e desgastada. Por conta disso, procuro fazer um acompanhamento mais de perto com o dermatologista. Foi o que possibilitou que eu diagnosticasse, um tempo atrás, um sinal mais escurecido. Após alguns exames, descobrimos que era um melanoma. Ele foi retirado totalmente e agora estou em contato com um oncologista. Continuo fazendo o mapeamento das outras pintas”, afirma Elfio de Carvalho Filho, engenheiro, 80 anos.