Sábado, 27 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 6 de setembro de 2017
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A euforia de alguns dos líderes governistas depois do “furo” identificado no pacote de delações dos irmãos Batista, dirigentes da JBS, não é compartilhada pelo principal articulador político do Palácio do Planalto. Ontem, o ministro Eliseu Padilha preferiu adotar uma postura mais prudente ao se manifestar ao Valor Econômico, quando perguntado sobre a sua avaliação sobre o tema, ao dizer que “tenho que analisar melhor. Não tenho opinião formada”.
Temer tinha razão?
Em fala ontem, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, anunciou investigação sobre eventuais omissões nas delações dos executivos da JBS.
A medida fragiliza as ações passadas e futuras da PGR. O fato, de certa forma, confirma o que o presidente Michel Temer sinalizou na dura nota que emitiu no final de junho, quando sugeriu que a delação premiada dos irmãos Batista teria sido favorecida pela participação do ex-procurador Marcelo Miller, que advogou para os dirigentes da JBS sem respeitar a quarentena, e na PGR foi o braço direito de Janot.
Sinais do mercado
Sensível aos fatos políticos, o mercado emitiu ontem sinais de que Michel Temer ficou mais forte: o dólar caiu e a Bolsa de valores teve números importantes.
Meirelles diz que ninguém é obrigado a aceitar o acordo da dívida
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, mandou ontem um recado claro aos protagonistas da política gaúcha, ao afirmar que é uma opção de cada unidade da federação aderir ou não ao regime de recuperação, já que eles terão que cumprir todas as condições previstas em lei. O ministro da Fazenda confirmou que existem conversas preliminares da União com o Estado do Rio Grande do Sul para aderir ao regime de recuperação fiscal.
“Vamos ter como prioridade o avanço das conversas com o RS”, afirmou.
O projeto de renegociação da dívida
O governador José Ivo Sartori, antes de viajar pra a Alemanha, emitiu um sinal claro de que o Rio Grande do Sul quer o acordo da dívida. Remeteu para o Legislativo, o projeto de lei 175/2017, que autoriza que a União reestruture as obrigações financeiras estaduais tanto por meio da prorrogação dos prazos de pagamento quanto pela via da redução extraordinária das prestações. O governo gaúcho avalia que a aprovação da medida é indispensável para melhorar o perfil da dívida, estimada ao final de 2016, em R$ 57,4 bilhões.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.