Sábado, 11 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 6 de setembro de 2017
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Deixando o Texas, o furacão Harvey chegou ontem ao Brasil, devastando a cena política. Apareceram malas com dinheiro, mais denúncias, acusações e gravações do tipo arrasa quarteirão.
Os cupins de parede minaram as estruturas de setores da administração pública. Os ventos se encarregaram de botar abaixo. Confirma-se a orientação dos engenheiros: para uma construção nova, não pode sobrar pedra sobre pedra. Não vai demorar muito e uma estrutura, baseada na ética e no zelo com o dinheiro dos impostos, começará a surgir.
Sem similar
Havendo competição mundial e chance de bater recorde, os detentores de poder no Brasil não perdem a chance. Se não dá para participar da corrida atômica, os políticos arranjam um jeito de conceber e detonar outro tipo de bomba com elevado potencial explosivo. A comunicação instantânea faz o barulho ecoar em todos os continentes.
Na categoria escândalos, o troféu e as medalhas de ouro este ano irão para Brasília.
Contraste
O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, assina hoje, no Palácio do Planalto, a adesão do Estado do Rio de Janeiro ao plano de recuperação fiscal.
De imediato, será autorizado a contratar empréstimo de 3 bilhões e 500 milhões de reais para pôr em dia os salários do funcionalismo. Pelo acordo, deixará de repassar prestações da dívida com a União durante três anos. É resultado da aprovação pela Assembleia Legislativa do projeto que permite a venda de empresas públicas, condição imposta por Brasília.
No Rio Grande do Sul, as estatais são intocáveis e o caixa do Tesouro seguirá sem condições de pagar em dia os compromissos.
Leva a lugar nenhum
Se os debates intermináveis na Assembleia levassem a soluções, as finanças do Estado estariam navegando em céu de brigadeiro. Ontem, o deputado Tiago Simon diagnosticou com precisão ao lamentar “o festival de acusações entre as forças políticas que buscam sempre responsabilizar o outro lado pela crise”. Reproduz-se a concepção simplista de uma crise estrutural que perdura por mais de 40 anos.
Sinal de alerta
Faltando um ano e dois dias para as eleições, a Câmara dos Deputados aprovou ontem em primeiro turno a Proposta de Emenda à Constituição que extingue as coligações e cria a cláusula de barreira para reduzir benefícios recebidos por partidos nanicos. Duas medidas que vão estreitar muito o espaço do balcão de negociações com dinheiro público.
Eram necessários 308 votos favoráveis, mas o placar eletrônico atingiu 384, contra apenas 16. O resultado comprova a preocupação com as pesquisas que os parlamentares acompanham, mostrando o aumento de eleitores que vão se abster, anular ou votar em branco.
Ninguém percebeu nada
A Previdência Social dos trabalhadores do setor privado fecha com déficit desde 1996.
Há 80 anos
A 6 de setembro de 1937, o presidente Getúlio Vargas deslocou para Porto Alegre contingente militar sob pretexto de participar do desfile da Pátria. Porém, tinha a missão secreta de enfrentar a rebeldia do governador Flores da Cunha, acusado de importar armas e manter vários grupos no interior do Estado.
Imbatível
Apesar dos esforços, Donald Trump não consegue superar um dos antecessores. Em 2004, ao discursar em Washington, George W. Bush disse: “Nosso inimigos são inovadores e engenhosos, e nós também. Eles nunca param de pensar em novas maneiras de prejudicar nosso país e nosso povo. E nós também não”.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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