Domingo, 22 de junho de 2025

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
16°
Showers in the Vicinity

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Colunistas País poderá ter uma multidão de 76 milhões dependentes do assistencialismo

Compartilhe esta notícia:

André Papaleo, especialista em bigdata. (Foto: Reprodução)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

O empresário gaúcho André Papaleo é especialista em bigdata, fundador de empresas no Vale do Silício, e vice-presidente da Neoway, empresa especializada em gestão de dados para negócios. Ele conversou com o colunista, desde São Paulo, e trouxe uma série de avaliações em cima de dados decorrentes do impacto da crise da Covid-19, com os quais ele trabalha diariamente no atendimento a governos e clientes privados. Segundo ele, “estamos tentando dar caminho para o Brasil. A nossa meta é ajudar o país a voltar com segurança e ajudar as empresas a encontrarem alternativas e saídas. Estamos direto com o governo fazendo isso”.

Cenários da crise

No mês passado, avalia Papaleo, já diminuiu em 20% o volume de veículos pesados nas estradas do Brasil, um indício claro de redução da circulação da economia. Ele trabalha com dados confiáveis. “Criamos na nossa empresa um índice de impacto de renda. Dos 46 milhões de brasileiros que estão no emprego formal, 21 milhões estão sujeitos a ter redução de salario e até demissão. No Rio Grande do Sul, elas são 1 milhão. No Brasil, agora temos a Bolsa Covid. É para o pessoal que tem renda anual em 2018 menor que 28 mil e não participa de outros benefícios do governo. Hoje são 16 milhões no Bolsa Família. Pessoas elegíveis ao Bolsa Covid são 74 milhões. Caminhamos para um dramático contingente de 75 milhões de dependentes do assistencialismo, numa população de 200 milhões. No Rio Grande do Sul, 500 mil vão pegar o beneficio e 82% são mulheres.”

Impacto no Rio Grande do Sul

André Papaleo comenta ainda que, “no Rio Grande do Sul, existem 1,4 milhão de empresas e o setor público empregando 3 milhões de pessoas, e o impacto crítico da Covid afetará 283 mil empresas, e destas 200 mil são MEI (microempreendedor individual). Devem desempregar no RS nos próximos três meses, 50 mil pessoas. Até o final do ano, mais 100 ou 150 mil pessoas, dependendo dos acontecimentos”.

Setores críticos no RS

No Rio Grande do Sul, aparecem os setores que vão fechar com mais intensidade, segundo os dados contabilizados pela Neoway. Alguns mais específicos chamam a atenção, como indústria de móveis, varejo de móveis, souvenir, turismo, hotelaria. Além dos chamados “normais”, já impactados como restaurantes, bares, lanchonetes, varejo,vestuário. “Mas fizemos também um trabalho dos setores que estão vindo muito bem, em cima da recuperação. Temos no Brasil perto de 5 milhões de pessoas e 2 milhões de empresas que não vão ter um impacto maior. Dentro dos bens de consumo: na saúde, digital, telecom, bancos, logística, e o varejo que sobra. Então tem muita coisa boa acontecendo.”

Futuro: o capitalismo sem capital

O futuro, avalia Papaleo, “será das empresas de propriedade intelectual, gigantes de tecnologia, de saúde e alguns bancos que vão trabalhar com seu ativo digital, com uma transformação verdadeira. Quem não for digital, afunda. E quem já estiver à frente, surfa. Essa é diferença agora. Chegaremos ao capitalismo sem capital”.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Colunistas

Setor público devora um terço da riqueza nacional
Batalhões Ambientais da Brigada Militar comemoram 15 anos.
https://www.osul.com.br/pais-podera-ter-uma-multidao-de-76-milhoes-dependentes-do-assistencialismo/ País poderá ter uma multidão de 76 milhões dependentes do assistencialismo 2020-05-13
Deixe seu comentário
Pode te interessar