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Mundo Países em desenvolvimento estão à beira da ruína, diz o chefe da ONU ao G20

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Secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, participa da G-20.

Foto: ONU
Secretário lamentou que a pandemia esteja sendo usada por determinados países, os quais não mencionou, para suprimir "vozes dissonantes". (Foto: Divulgação/ ONU)

Coube ao secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, lançar um duro alerta aos líderes do G-20, reunidos neste sábado (21) em sua cúpula: os países em desenvolvimento estão à beira da ruína financeira, de uma escalada da pobreza e de um sofrimento inédito.

“O efeito dominó de falências poderia devastar a economia global. Não podemos deixar que a covid-19 leve a uma pandemia da dívida”, escreveu o chefe da diplomacia das Nações Unidas numa carta que chegou à mão de todos os presidentes e chefes de governo. Segundo ele, ao injetar US$ 11 trilhões na economia de seus países, líderes estão tomando emprestado dinheiro das futuras gerações. A obrigação, portanto, é de que o dinheiro seja usado de maneira adequada.

“O vírus microscópico pôs o mundo de joelhos”, disse. “A pandemia da covid-19 pôs a nu fragilidades sistêmicas nas nossas sociedades, no nosso sistema econômico global e nos quadros que governam o sistema internacional”, alertou.

“As consequências são claras: as desigualdades estão aumentando cada vez mais; os encargos da dívida estão a disparar; e um número cada vez maior de famílias, comunidades e economias requerem apoio essencial e estão olhando para os líderes mundiais na sua hora de maior necessidade”, indicou.

Vivendo uma crise de credibilidade sem precedentes, o G20 não conseguiu coordenar uma resposta global diante da atual crise. Com China e EUA em lados opostos, o grupo não teve o mesmo papel que desempenhou em 2009, diante do colapso dos bancos.

“A pandemia deve ser um alerta para todos os líderes de que a divisão é um perigo para todos, e de que a prevenção salva dinheiro e vidas”, disse.

Para o chefe da ONU, os resultados positivos recentes dos ensaios de vacinas são bem-vindos. Mas ele deixou claro que o mundo precisa de US$ 28 bilhões para garantir que a aliança de vacinas – a Covax – consiga distribuir os produtos em todo o mundo. “Devemos também resistir a qualquer forma de nacionalismo de vacinas”, apelou.

A pobreza é uma de suas maiores preocupações diante da pandemia. “Mais 115 milhões de pessoas estão em risco de cair na pobreza extrema e a fome aguda pode quase duplicar, afetando a vida de mais de 250 milhões de pessoas.”, disse .

“Apelo ao G20 para que apoie a implementação de níveis de protecção social para todos, independentemente da idade, sexo, religião, origem, estatuto migratório ou orientação sexual, incluindo para aqueles que se encontram na economia informal e invisível dos cuidados de saúde”, pediu Guterres.

Para o português, à medida que a crise se agrava, fica cada vez mais urgente uma ação global.

“Uma potencial grande crise de dívida soberana no próximo ano aproxima-se no horizonte”, alertou. Seu apelo é para que créditos sejam colocados à disposição de governos e credores terão de considerar um maior alívio da dívida, incluindo o cancelamento da dívida.

“Para manter a liquidez necessária aos países em desenvolvimento, reitero também o apelo contra a retirada prematura do apoio fiscal e monetário às economias”, sugeriu.

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